França instala instrumento dedicado ao estudo do magnetismo estelar. Astrônomos poderão conhecer mais sobre a história e a evolução das estrelas
França instala instrumento dedicado ao estudo do magnetismo estelar. Astrônomos poderão conhecer mais sobre a história e a evolução das estrelas
França instala instrumento dedicado ao estudo do magnetismo estelar. Astrônomos poderão conhecer mais sobre a história e a evolução das estrelas
França instala instrumento dedicado ao estudo do magnetismo estelar. Astrônomos poderão conhecer mais sobre a história e a evolução das estrelas
Como seu "irmão gêmeo" Espadons, que equipa o Telescópio Canadá-França-Havaí, trata-se de um instrumento astronômico projetado para o estudo de campos magnéticos de estrelas e, mais especificamente, dos efeitos desses campos nas estrelas e planetas ao seu redor.
Segundo o Conselho Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) da França, que financia os dois "irmãos", graças ao Narval o Telescópio Bernard Lyot passa a ser o principal observatório no mundo dedicado ao estudo de campos magnéticos. E a cobertura fica completa, uma vez que o Sol se põe no Havaí quando está nascendo nos Pirineus.
"Campos magnéticos são ingredientes essenciais das vidas das estrelas. Eles não são apenas marcadores da história, mas têm papel fundamental na evolução das estrelas", disse Pascal Petit, astrônomo do Laboratório de Astrofísica de Toulouse-Tarbes e diretor científico do Narval. "Apesar da importância dos campos magnéticos, pouco se sabe sobre eles. Mesmo o campo magnético solar permanece um mistério para nós."
"O Espadons está disponível apenas em parte do tempo do Telescópio Canadá-França-Havaí, pois tem que dividir horas de uso com outros instrumentos importantes. Com a chegada do Narval, astrônomos franceses e de outros países poderão conduzir projetos muito mais ambiciosos", disse David Mouillet, diretor do Telescópio Bernard Lyot, em comunicado do CNRS.
Para demonstrar o potencial do Narval, a estrela SU Aurigae, localizada a 450 anos-luz do Sol, foi escaneada continuamente pelo Narval e pelo Espadons por um grupo internacional de astrônomos.
"Com apenas pouco milhões de anos de existência, a SU Aurigae é cerca de mil vezes mais nova do que o Sol. Nessa idade, uma estrela ainda não está totalmente formada e continua a atrair o material que está em torno dela", explica Jean-François Donati, diretor de pesquisa do CNRS e projetista dos dois espectropolarímetros estelares.
"Uma vez capturado nessa ‘teia’ magnética, o material é atraído pela estrela ao longo de linhas de campo, como se fossem pérolas em um colar. As observações que fizemos sugerem que a teia magnética da SU Aurigae é muito mais complexa do que pudemos prever anteriormente por meio de modelos de formação de estrelas", disse Donati.
Mais informações: www.ast.obs-mip.fr/projets/narval
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