Bactéria Clostridium difficile, que causa inflamações no cólon (foto:CDC)

Assinatura química da diarréia
01 de março de 2004

Pesquisadores ingleses desenvolvem um novo teste para identificar certos tipos de infecção em apenas uma hora. Apesar de rápido, o procedimento ainda é bastante caro

Assinatura química da diarréia

Pesquisadores ingleses desenvolvem um novo teste para identificar certos tipos de infecção em apenas uma hora. Apesar de rápido, o procedimento ainda é bastante caro

01 de março de 2004

Bactéria Clostridium difficile, que causa inflamações no cólon (foto:CDC)

 

Agência FAPESP - Virus, bactérias e parasitas costumam causar diarréia em crianças e adultos. A partir da análise do cheiro das fezes de pacientes infectados, cientistas da Universidade de Bristol, na Inglaterra, desenvolverem um novo método para detectar a assinatura química de cada tipo de infecção. O procedimento, que produz resultados em uma hora, foi divulgado pela revista Nature.

A velocidade de análise - os exames tradicionais demoram alguns dias para ficarem prontos - pode ser decisiva em casos de doenças graves, como cólera ou febre tifóide. A desidratação provocada por infecções chega a matar dois milhões de pessoas por ano nos países em desenvolvimento.

A técnica desenvolvida na Inglaterra é baseada em odores eliminados pelas fezes do doente. As amostras são colocadas em um equipamento que identifica quais as substâncias químicas presentes nos gases coletados.

Infecções provocadas por rotavírus, por exemplo, apresentam um tipo característico de substâncias químicas. O mesmo ocorre com as bactérias que causam intoxicação alimentar ou inflamação do cólon. Apesar da eficiência, o preço do equipamento usado para identificar as assinaturas químicas da diarréia ainda é bastante alto, cerca de US$ 19 mil.

Não é a primeira vez que os odores são utilizados para a identificação de doenças. Alguns outros testes, também relacionados com problemas no estômago e no intestino, já foram desenvolvidos.

O método de análise da diarréia foi testado com 35 pacientes. Antes de ser aplicado de forma comercial ele ainda vai passar por outras validações.


  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.