Descoberta feita no Canadá, em estudo liderado por André Veillette, abre caminho para medicamentos que estimulem células NK ("natural killer"), capazes de destruir células cancerosas ou infectadas por vírus (foto: divulgação)

Assassinas contra o câncer
30 de agosto de 2005

Descoberta feita no Canadá, em estudo liderado por André Veillette, abre caminho para medicamentos que estimulem células NK ("natural killer"), capazes de destruir células cancerosas ou infectadas por vírus

Assassinas contra o câncer

Descoberta feita no Canadá, em estudo liderado por André Veillette, abre caminho para medicamentos que estimulem células NK ("natural killer"), capazes de destruir células cancerosas ou infectadas por vírus

30 de agosto de 2005

Descoberta feita no Canadá, em estudo liderado por André Veillette, abre caminho para medicamentos que estimulem células NK ("natural killer"), capazes de destruir células cancerosas ou infectadas por vírus (foto: divulgação)

 

Agência FAPESP - Uma nova conquista científica pode levar a avanços significativos no tratamento contra o câncer e doenças infecciosas. Pesquisadores do Instituto de Pesquisas Clínicas de Montreal, no Canadá, conseguiram identificar um dos mecanismos básicos que controlam o funcionamento das células NK (do inglês "natural killer", ou assassina natural).

Há anos que cientistas em todo o mundo tentam desenvolver métodos para aumentar a produção de células NK. Produzidas pelo sistema imunológico, tais células são responsáveis por identificar e destruir células cancerosas ou células infectadas por vírus – como os que causam doenças como hepatite ou herpes. A deficiência em células NK está associada ao aumento na freqüência do câncer e infecções.

A equipe liderada por André Veillette demonstrou que uma proteína conhecida como EAT-2, presente em células NK, suprime o caráter destrutivo desta última. Segundo os cientistas canadenses, inibir a EAT-2 com medicamentos específicos pode estimular a atividade das células NK, o que ajudaria a combater o câncer e certas infecções.

Em estudos feitos com camundongos, com a eliminação da molécula EAT-2 por manipulação genética, os cientistas canadenses verificaram a produção de células NK muito mais eficientes. Segundo comunicado do Instituto de Pesquisas Clínicas de Montreal, isso abre uma porta para o uso de medicamentos que atuem junto com quimioterapia ou radioterapia para aumentar a eficácia de tratamentos contra o câncer.

A novidade será publicada na próxima edição da revista Nature Immunology, devendo sair antes no site da publicação. O artigo, que fornece evidência genética para a inibição do papel da EAT-2 em células NK, é resultado de cinco anos de pesquisas pelo grupo de Veillette.

O artigo Negative regulation of natural killer cell function by EAT-2, a SAP-related adaptor, de André Veillette e colaboradores, pode ser lido no site da Nature Immunology, em www.nature.com/ni


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