As relações da leptospirose
26 de janeiro de 2004

Em épocas de chuva em São Paulo aumenta a probabilidade de infecção por microrganismos do gênero Leptospira. Estudo realizado por pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz e da Universidade de Santo Amaro mostra como a doença se comportou entre 1969 e 1997 no Estado

As relações da leptospirose

Em épocas de chuva em São Paulo aumenta a probabilidade de infecção por microrganismos do gênero Leptospira. Estudo realizado por pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz e da Universidade de Santo Amaro mostra como a doença se comportou entre 1969 e 1997 no Estado

26 de janeiro de 2004

 

Agência FAPESP - A leptospirose humana é endêmica no Estado de São Paulo. Um estudo retrospectivo com 9.335 casos diagnosticados entre 1969 e 1997 mostram que a grande maioria ocorreu entre os meses de janeiro e abril.

O desenho do mapa da leptospirose em São Paulo foi feito por Eliete Caló Romero e Carla Cristiane da Motta Bernardo, do Departamento de Biologia Médica do Instituto Adolfo Lutz, e Paulo H. Yasuda, da Universidade de Santo Amaro. A incidência média anual da doença no período investigado ficou em 0,53 para uma população de 100 mil pessoas. Os homens adultos entre 20 e 39 anos foram os mais afetados.

De acordo com a pesquisa, a principal forma de contaminação por microrganismos do gênero Leptospira é o contato com a urina de animais infectados. No caso específico de São Paulo, os ratos são os principais transmissores da leptospirose. É por isso que em épocas chuvosas as chances de entrar em contato com o microrganismo aumenta bastante.

No estudo, publicado na edição de setembro/outubro de 2003 da Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, os cientistas não têm dúvidas em afirmar que a leptospirose ainda precisa ter uma posição de destaque na saúde pública estadual. No intervalo investigado, a pesquisadora detectou dois picos da doença, em 1991 e 1996. Naqueles dois anos, a média de chuvas foi alta.

O artigo, em inglês, está disponível na biblioteca on-line SciELO. Para ler, clique aqui.


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