Projeto de reflorestamento no Pontal do Paranapanema pretende restaurar 700 hectares da mata atlântica ao longo dos assentamentos rurais (foto: Ipê)

As águas vão rolar
03 de fevereiro de 2005

Instituto de Pesquisas Ecológicas inicia projeto de reflorestamento no Pontal do Paranapanema que pretende restaurar 700 hectares da mata atlântica ao longo dos assentamentos rurais

As águas vão rolar

Instituto de Pesquisas Ecológicas inicia projeto de reflorestamento no Pontal do Paranapanema que pretende restaurar 700 hectares da mata atlântica ao longo dos assentamentos rurais

03 de fevereiro de 2005

Projeto de reflorestamento no Pontal do Paranapanema pretende restaurar 700 hectares da mata atlântica ao longo dos assentamentos rurais (foto: Ipê)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Combater a degradação das matas ciliares nos assentamentos rurais com o plantio de árvores nativas da mata atlântica. Com esse objetivo principal, o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) deu início nesta semana ao projeto "As águas vão rolar".

A iniciativa pretende também restaurar a paisagem, recuperar os recursos hídricos e, por conseqüência, conservar as espécies ameaçadas de extinção no Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado de São Paulo.

O projeto, que conta com o patrocínio do Programa Petrobras Ambiental, tem como meta reflorestar 700 hectares ao longo dos assentamentos e pequenas propriedades rurais. "As árvores serão plantadas com base em uma lista de 85 espécies nativas da mata atlântica", disse Laury Cullen, coordenador do projeto, à Agência FAPESP

"Trata-se de uma área emergencial que une as duas maiores unidades de conservação do Pontal, o Parque Estadual Morro do Diabo e a Estação Ecológica Mico-Leão-Preto", explica Cullen. "O objetivo é criar um corredor ecológico de fauna e flora para interligar essas duas áreas, que posteriormente serão consideradas de preservação permanente e de reserva legal."

Segundo o pesquisador do IPÊ, a previsão é que no primeiro semestre de 2005 sejam restaurados 85 hectares de floresta e, no segundo, mais 210 hectares. "Para isso, a Petrobras destinou R$ 2,1 milhões ao projeto que deverá durar quatro anos", disse.

Cullen acrescenta que a iniciativa também deverá promover a adoção de uma reforma agrária sustentável nos assentamentos rurais. "Com isso conseguiremos promover a agricultura familiar e utilizar sistemas agroflorestais como ferramenta de recomposição da paisagem fragmentada", afirma.

O projeto conta com a parceria da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais (DEPRN) e da prefeitura do município de Teodoro Sampaio.


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