Em perfurações nas proximidades de Pólo Norte, expedição internacional extrai material com 40 milhões de anos (foto: Nasa)
Em perfurações nas proximidades de Pólo Norte, expedição internacional extrai material com 40 milhões de anos, que contém microfósseis e podem mostrar como era a vida na região, que tinha temperaturas amenas e nenhum gelo
Em perfurações nas proximidades de Pólo Norte, expedição internacional extrai material com 40 milhões de anos, que contém microfósseis e podem mostrar como era a vida na região, que tinha temperaturas amenas e nenhum gelo
Em perfurações nas proximidades de Pólo Norte, expedição internacional extrai material com 40 milhões de anos (foto: Nasa)
As condições climáticas extremas, entretanto, forçaram uma interrupação na missão após quatro dias de prospecção. Gigantescas placas de gelo flutuantes ameaçaram a integridade tanto do navio responsável pela perfuração, o Vidar Viking, quanto do quebra-gelo russo Sovetskiy Soyuz, forçando-os a deixarem o local.
Enquanto a expedição busca outro ponto favorável para perfurar, os cientistas a bordo do Vidar Viking já começaram a examinaram microfósseis contidos no material obtido. Segundo o Secretariado de Pesquisa Polar da Suécia, análises iniciais sugerem que parte das amostras podem ter 40 milhões de anos, sendo portanto registros do Período Eoceno.
"Isso é incrível. Pela primeira vez, estamos começando a conseguir informações sobre a história do gelo na região central do Oceano Ártico", disse um dos cientistas chefes da missão, o sueco Jan Backman, da Universidade de Estocolmo. "O material extraído remonta a um tempo em que não havia gelo no planeta, pela temperatura elevada, e pode nos contar muito sobre a história climática da região, mostrando quando e porque ela mudou de quente para frio."
Backman explica que na pré-história a vida no Oceano Ártico era completamente diferente da encontrada atualmente. Em condições mais propícias e sem a presença do gelo, a vida marinha era abundante. Os cientistas esperam que os sedimentos extraídos tragam pistas que indiquem os tipos e quantidades de criaturas que viviam na época.
O IODP, programa científico da qual participam 16 países, é financiado pela National Science Foundation, dos Estados Unidos, pelo Ministério de Educação, Cultura, Esportes e Ciência e Tecnologia do Japão e pelo Consórcio Europeu de Perfuração para Pesquisa Oceânica.
A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.