Trabalho feito em 1958 por Hélio Oiticica, que será um dos artistas brasileiros representados na mostra em Houston
Carlos Vogt, presidente da FAPESP, ratifica nos EUA parceria com o Museu de Belas-Artes de Houston para estimular o estudo dos movimentos artísticos na América Latina. Museu abre mostra com trabalhos de artistas como Hélio Oiticica
Carlos Vogt, presidente da FAPESP, ratifica nos EUA parceria com o Museu de Belas-Artes de Houston para estimular o estudo dos movimentos artísticos na América Latina. Museu abre mostra com trabalhos de artistas como Hélio Oiticica
Trabalho feito em 1958 por Hélio Oiticica, que será um dos artistas brasileiros representados na mostra em Houston
O acordo tem como objetivo estimular o estudo, a pesquisa e a divulgação dos movimentos artísticos na América Latina. A parceria inicial de cinco anos prevê três metas principais. A primeira é recuperar um volume considerável de documentos e textos relativos à produção, interpretação e apresentação das nossas artes plásticas.
Em seguida, todo o material obtido deverá ser publicado para que ele possa ser consultado por todos os interessados, mas principalmente pela comunidade latina que vive nos Estados Unidos. A terceira meta é disseminar o material coletado para crianças e adultos em grandes audiências de museus. Toda a produção científica deverá ser inserida ainda nos programas de educação e história da arte norte-americanos, no ensino básico ou superior.
"Queremos construir a superestrutura que irá conectar os países latino-americanos por meio da arte. Trata-se de uma iniciativa muito ambiciosa, mas totalmente viável, especialmente por acordos como o que fechamos com a FAPESP, que será o braço do projeto no Brasil", disse Mari Carmen Ramirez, curadora para a América Latina do Museu de Belas-Artes de Houston.
A FAPESP atuará como o agente centralizador das atividades do projeto relativas ao Brasil. Entre as atividades previstas estão a implementação de projetos conjuntos de pesquisa, a promoção de eventos científicos e culturais, o intercâmbio de informações e publicações acadêmicas e o intercâmbio de docentes, pesquisadores e estudantes. "Essa iniciativa está muito ligada ao papel da FAPESP, de estimular o desenvolvimento da ciência, tecnologia e cultura no país", disse Carlos Vogt, presidente da Fundação.
Como parte do projeto desenvolvido pelo Museu de Belas-Artes de Houston, a instituição norte-americana realiza no próximo sábado um simpósio com a presença de especialistas em arte de diversos países da América Latina.
O Brasil estará representado pela crítica Sônia Salztein, professora do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, que falará sobre a transição do concretismo para o neo-concretismo no Brasil, entre as décadas de 1950 e 1960.
O simpósio integra a mostra "Utopias Invertidas", que será inaugurada no domingo (20/6) e que conta com obras de diversos artistas brasileiros, como Hélio Oiticica, Cildo Meireles e Luis Sacilotto. A mostra conta com trabalhos realizados na América Latina entre 1920 e 1970.
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