Arqueobus percorre mais de 15 mil quilômetros, divulgando a 75 mil pessoas alguns dos principais conhecimentos arqueológicos brasileiros (foto: divulgação)

Arqueologia sobre rodas
02 de dezembro de 2004

Ônibus que reúne museu, biblioteca e sala de aula percorre, em cinco meses, mais de 15 mil quilômetros, divulgando a 75 mil pessoas alguns dos principais conhecimentos arqueológicos brasileiros

Arqueologia sobre rodas

Ônibus que reúne museu, biblioteca e sala de aula percorre, em cinco meses, mais de 15 mil quilômetros, divulgando a 75 mil pessoas alguns dos principais conhecimentos arqueológicos brasileiros

02 de dezembro de 2004

Arqueobus percorre mais de 15 mil quilômetros, divulgando a 75 mil pessoas alguns dos principais conhecimentos arqueológicos brasileiros (foto: divulgação)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Uma estação móvel para divulgar algumas das principais descobertas arqueológicas feitas no Brasil. O Arqueobus, desenvolvido pelo arqueólogo Paulo Zanetinni, percorreu mais de 15 mil quilômetros desde julho, quando começou sua jornada. No período, o veículo passou por São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal, atingindo um público estimado de 75 mil pessoas.

A idéia do projeto é fomentar diversas atividades educativas para populações de baixa renda. O ônibus pode servir como sala de aula, museu, biblioteca e auditório. "O Arqueobus foi criado não apenas para dar apoio à pesquisa, mas também para se transformar em um instrumento multimeio que possa divulgar os principais trabalhos realizados por arqueólogos brasileiros", disse o idealizador do projeto, doutorando pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP), à Agência FAPESP.

O veículo conta com oito computadores conectados em rede, disponíveis para a realização de cursos gratuitos de capacitação e de formação profissional sobre temas relacionados à arqueologia, além de contar com uma ilha de edição para a criação de vídeos. Equipado com reservatórios de água e gerador de energia elétrica, o veículo abriga até 11 pessoas e pode oferecer suporte para escavações em locais remotos.

O ônibus traz ainda um jogo de realidade virtual que trata do patrimônio histórico mato-grossense. "É uma excelente ferramenta pedagógica, que faz uma reconstituição eletrônica da primeira capital de Mato Grosso, a cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade", explica Zanetinni. "O game contextualiza a formação da cidade com linguagem interativa, mostrando aspectos relevantes da geologia, arqueologia e ecologia da região."

A filosofia disseminada pelo Arqueobus é sustentada na abordagem das características históricas de cada região visitada pelo projeto. As peças do museu, por exemplo, modificam-se de acordo com fatores como a estrutura arquitetônica das cidades, monumentos históricos e arqueológicos, além das escavações e de vestígios do passado.

Atualmente em Brasília, o ônibus segue para o Mato Grosso no início de 2005. No segundo semestre será a vez da Bahia. O projeto, da Zanettini Arqueologia, conta com apoio da Zafron Veículos Especiais, do Itaú Cultural, do Ministério da Cultura, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e de diversas outras instituições.

Mais informações: (11) 3849-0394/2557.


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