Arqueologia amazônica

As origens da ocupação humana na Amazônia, a partir de estudos arqueológicos realizados na região de Carajás, sudeste do Pará, estão contadas na obra "A Phýsis da Origem: o sentido da história na Amazônia. O livro será lançado nesta quarta (5/10) em Belém

Agência FAPESP - O setor de Arqueologia do Museu Paraense Emílio Goeldi lança nesta quarta (5/10), em Belém, a obra "A Phýsis da Origem: o sentido da história na Amazônia". O livro é de autoria do pesquisador Marcos Pereira Magalhães, que realizou vários trabalhos na região de Carajás, sudeste do Pará.

As pesquisas, segundo o próprio autor, revelaram importantes aspectos da história e da cultura das sociedades de caçadores-coletores que habitaram a região há 9 mil anos aproximadamente. Essas descobertas colaboraram para o enriquecimento da pré-história amazônica e para que pudessem ser mais bem contadas as origens da ocupação humana da região.

Magalhães, segundo comunicado do Museu Goeldi, defende a hipótese de que parte das conquistas tecnológicas atribuídas às sociedades agrícolas já estava prefigurada nos produtos materiais e nas expressões culturais dos caçadores-coletores. Esse argumento está baseado nos vestígios arqueológicos encontrados nas grutas e nos platôs de Carajás.

O fato de novas informações sobre as comunidades que antecederam as sociedades agrícolas terem surgindo fez com que os arqueológos tivessem que mudar boa parte de seus conceitos sobre os primórdios da ocupação amazônica. No livro, o autor, que estuda há mais de 20 anos o assunto, discute ainda as práticas políticas e a origem da diversidade cultural dos povos que habitaram a Amazônia milhares de anos atrás.

O lançamento do livro está marcado para as 18h. O evento ocorre na Livraria da Rocinha, localizada no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi, na própria capital paraense. A obra do arqueólogo do Museu Goeldi é baseada em sua tese de doutorado, defendida em 1999 na Universidade Federal do Rio de Janeiro.