Projeto premiado oferece uma alternativa para tirar jovens das ruas por meio de atividades didáticas (foto: MRE)
Projeto Escola Ambulante, que oferece alternativa para tirar jovens das ruas por meio de atividades didáticas, é o vencedor do Prêmio de Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil
Projeto Escola Ambulante, que oferece alternativa para tirar jovens das ruas por meio de atividades didáticas, é o vencedor do Prêmio de Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil
Projeto premiado oferece uma alternativa para tirar jovens das ruas por meio de atividades didáticas (foto: MRE)
Agência FAPESP - O projeto Escola Ambulante, originado a partir de uma pesquisa desenvolvida na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP), foi o vencedor do Prêmio de Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil 2005, na categoria Direitos da Criança e do Adolescente.
O projeto teve origem em pesquisa feita por Rubens Adorno, professor do Departamento de Saúde Materno-Infantil da FSP. O estudo, que contou com apoio da FAPESP, desenvolveu o conceito de "etnografia de rua", método que promove o mapeamento das diversas situações de risco em que se encontram os jovens nos grandes centros urbanos.
A partir do trabalho de Adorno foram realizados, desde 1994, quatro versões da Escola Ambulante em regiões diferentes da cidade de São Paulo. A coordenação ficou a cargo da Associação Beneficente Santa Fé, que oferece tratamento terapêutico a crianças e adolescentes com experiências traumáticas nas ruas.
Segundo os organizadores, das 518 crianças e adolescentes já atendidas pela iniciativa, 241 deixaram a vida nas ruas, tanto para voltar às suas casas como para ir a um abrigo.
Adorno explica que o projeto busca compreender e interferir no cotidiano das crianças e adolescentes. "Existem vários fatores que atraem jovens de classes populares para as ruas e o Escola Ambulante formula uma série de exercícios para tentar trazê-los de volta a seus lares", disse Adorno à Agência FAPESP.
Uma das estratégias é a formação de agentes e educadores de rua para oferecer atividades didáticas e gratuitas em praças públicas, como oficinas de artes plásticas, de música e de teatro. "Como é muito difícil tirar as crianças das ruas, partimos para uma abordagem de oferecer uma concepção lúdica de escola, a partir da qual formamos vínculos de aprendizado", conta Cláudia Magalhães, da Associação Beneficente Santa Fé.
A próxima intervenção do Escola Ambulante está prevista para o primeiro semestre de 2006, nos bairros de Moema, Jabaquara, Vila Mariana e centro da capital paulista.
Mais informações: www.tecnologiasocial.org.br
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