Aposta em novos nomes
19 de novembro de 2003

Pesquisa da Associação Brasileira de Capital de Risco mostra que investidores têm apostado mais em empresas em estágio inicial de desenvolvimento. Em um ano, o crescimento foi de 148%

Aposta em novos nomes

Pesquisa da Associação Brasileira de Capital de Risco mostra que investidores têm apostado mais em empresas em estágio inicial de desenvolvimento. Em um ano, o crescimento foi de 148%

19 de novembro de 2003

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - O total de investimentos de capital de risco em empresas em estágio inicial (start ups) cresceu 148% no país, entre o primeiro semestre de 2002 e o primeiro semestre de 2003. Os valores aplicados aumentaram de R$ 37 milhões para R$ 92 milhões no período. Os dados são da mais recente pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Capital de Risco (ABCR), em parceria com a multinacional Thomson Venture Economics.

A boa notícia para novas empresas não se repetiu para aquelas em expansão. Segundo a pesquisa, os investidores dirigiram R$ 237 milhões a tais empresas no primeiro semestre de 2002, contra apenas R$ 68 milhões no primeiro semestre de 2003.

"Isto significa que os investidores estão dispostos a correr maiores riscos, pois, quando se investe em uma empresa iniciante, os níveis de perda são bem mais elevados, uma vez que a possibilidade do empreendimento não dar certo é grande", disse Robert Binder, diretor executivo da ABCR, em entrevista à Agência FAPESP. "Os dados mostram um amadurecimento do setor no país, pois o ideal é que os investidores se espalhem pelas várias faixas de desenvolvimento das empresas."

De acordo com a pesquisa, São Paulo continuou o principal destino das aplicações, com 46% do total, com nove novas empresas paulistas recebendo cerca de R$ 101 milhões. O Paraná ficou em segundo lugar, com 28% e R$ 62 milhões destinados a duas companhias. O Rio de Janeiro ficou em terceiro, com 22% e sete start ups levando R$ 48 milhões.

A ABCR também dividiu a pesquisa por ramo de atividade. Durante o primeiro semestre de 2003, a indústria de transportes recebeu 56% dos investimentos em capital de risco no país, com R$ 129 milhões. Em seguida, vem o setor industrial e de energia, com R$ 45 milhões, ou 21% do total. O setor de biotecnologia ficou em terceiro lugar, com 9,2%, recebendo investimentos de R$ 20 milhões.

O estudo semestral da ABCR se baseia em questionários aplicados com empresas e investidores.

Para ler a pesquisa completa, clique aqui.


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