Pesquisa da Associação Brasileira de Capital de Risco mostra que investidores têm apostado mais em empresas em estágio inicial de desenvolvimento. Em um ano, o crescimento foi de 148%
Pesquisa da Associação Brasileira de Capital de Risco mostra que investidores têm apostado mais em empresas em estágio inicial de desenvolvimento. Em um ano, o crescimento foi de 148%
Agência FAPESP - O total de investimentos de capital de risco em empresas em estágio inicial (start ups) cresceu 148% no país, entre o primeiro semestre de 2002 e o primeiro semestre de 2003. Os valores aplicados aumentaram de R$ 37 milhões para R$ 92 milhões no período. Os dados são da mais recente pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Capital de Risco (ABCR), em parceria com a multinacional Thomson Venture Economics.
A boa notícia para novas empresas não se repetiu para aquelas em expansão. Segundo a pesquisa, os investidores dirigiram R$ 237 milhões a tais empresas no primeiro semestre de 2002, contra apenas R$ 68 milhões no primeiro semestre de 2003.
"Isto significa que os investidores estão dispostos a correr maiores riscos, pois, quando se investe em uma empresa iniciante, os níveis de perda são bem mais elevados, uma vez que a possibilidade do empreendimento não dar certo é grande", disse Robert Binder, diretor executivo da ABCR, em entrevista à Agência FAPESP. "Os dados mostram um amadurecimento do setor no país, pois o ideal é que os investidores se espalhem pelas várias faixas de desenvolvimento das empresas."
De acordo com a pesquisa, São Paulo continuou o principal destino das aplicações, com 46% do total, com nove novas empresas paulistas recebendo cerca de R$ 101 milhões. O Paraná ficou em segundo lugar, com 28% e R$ 62 milhões destinados a duas companhias. O Rio de Janeiro ficou em terceiro, com 22% e sete start ups levando R$ 48 milhões.
A ABCR também dividiu a pesquisa por ramo de atividade. Durante o primeiro semestre de 2003, a indústria de transportes recebeu 56% dos investimentos em capital de risco no país, com R$ 129 milhões. Em seguida, vem o setor industrial e de energia, com R$ 45 milhões, ou 21% do total. O setor de biotecnologia ficou em terceiro lugar, com 9,2%, recebendo investimentos de R$ 20 milhões.
O estudo semestral da ABCR se baseia em questionários aplicados com empresas e investidores.
Para ler a pesquisa completa, clique aqui.
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