Estudo mostra que, diferentemente do que se sabia, os mastócitos, células do sistema imunológico dos mamíferos, não potencializam os efeitos do veneno das serpentes ou das abelhas
Estudo mostra que, diferentemente do que se sabia, os mastócitos, células do sistema imunológico dos mamíferos, não potencializam os efeitos do veneno das serpentes ou das abelhas
O resultado surpreende porque os mastócitos sempre foram associados a um outro tipo de fenômeno. Apesar de terem função importante dentro do sistema imunológico, cientistas acreditavam até agora que esse conjunto celular estava ligado apenas ao desencadeamento do choque anafilático, por exemplo. Eventos de asma ou de alergias também já foram relacionados aos mastócitos.
A desconfiança também existia porque as células estudadas sempre se mostravam mais ativas quando entravam em contato com substâncias venenosas. Acreditava-se que os mastócitos potencializavam o efeito da substância invasora.
A descoberta dessa nova função dos mastócitos está associada à enzima carboxypeptidae A. Os pesquisadores descobriram que essa substância, secretada pelas células do sistema imunológico dos camundongos, promove a quebra química do veneno, seja ele da abelha ou da serpente.
Com essa descoberta, os pesquisadores afirmam ter encontrado um novo caminho bioquímico para evitar, no futuro, a mortalidade provocada pelas picadas de répteis ou de insetos. O estudo mostrou que os mastócitos conseguem limitar a toxicidade do veneno dentro do organismo dos camundongos.
O artigo Mast cells can enhance resistance to snake and honeybee venoms pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
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