Denominado Kadanuumuu, esqueleto encontrado na Etiópia é da mesma espécie mas 400 mil anos mais velho que o célebre australopiteco descoberto em 1974 (divulgação)
Denominado Kadanuumuu, esqueleto encontrado na Etiópia é da mesma espécie mas 400 mil anos mais velho que o célebre australopiteco descoberto em 1974
Denominado Kadanuumuu, esqueleto encontrado na Etiópia é da mesma espécie mas 400 mil anos mais velho que o célebre australopiteco descoberto em 1974
Denominado Kadanuumuu, esqueleto encontrado na Etiópia é da mesma espécie mas 400 mil anos mais velho que o célebre australopiteco descoberto em 1974 (divulgação)
A diferença é que o novo esqueleto viveu há 3,6 milhões de anos, ou cerca de 400 mil anos antes da Lucy, o que implica que características avançadas nos hominídeos, como a postura ereta ao andar, ocorreram antes do que se estimava.
Os resultados da análise preliminar dos ossos encontrados na região de Afar, na Etiópia, serão publicados esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
Escavações na área de Woranso-Mille vem sendo conduzidas desde 2005, após a descoberta do fragmento de um osso do braço. Desde então os antropólogos recuperaram alguns dos ossos mais completos já encontrados de hominídeos.
O exemplar do antepassado da Lucy foi denominado Kadanuumuu, que significa “homem grande” em dialeto da região. Os ossos pertenceram a um hominídeo do sexo masculino com cerca de 1,6 metro – Lucy tinha apenas 1,07 metro.
“Esse indivíduo era totalmente bípede e capaz de caminhar como os humanos modernos. Como resultado da descoberta, podemos dizer com confiança que a Lucy e seus parentes eram quase tão eficientes como nós ao andar sobre as duas pernas e que o alongamento de nossas pernas ocorreu antes, em nossa história evolutiva, do que achávamos”, disse Yohannes Haile-Selassie, do Museu de História Natural de Cleveland, nos Estados Unidos.
O artigo An early Australopithecus afarensis postcranium from Woranso-Mille, Ethiopia (doi/10.1073/pnas.1004527107), de Yohannes Haile-Selassie e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da Pnas em www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.1004527107.
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