Estudo feito por Reinaldo Takahashi, da UFSC, mostra que a relação entre o estado de tensão e o consumo de bebida alcoólica não é tão direta quanto se imaginava (foto: Karin Fusaro)

Ansiedade e alcoolismo
22 de julho de 2005

Estudo feito por Reinaldo Takahashi, da Universidade Federal de Santa Catarina, mostra que a relação entre o estado de tensão e o consumo de bebida alcoólica não é tão direta quanto se imaginava

Ansiedade e alcoolismo

Estudo feito por Reinaldo Takahashi, da Universidade Federal de Santa Catarina, mostra que a relação entre o estado de tensão e o consumo de bebida alcoólica não é tão direta quanto se imaginava

22 de julho de 2005

Estudo feito por Reinaldo Takahashi, da UFSC, mostra que a relação entre o estado de tensão e o consumo de bebida alcoólica não é tão direta quanto se imaginava (foto: Karin Fusaro)

 

Por Karin Fusaro, de Fortaleza

Agência FAPESP - A ansiedade não induz ao consumo exagerado de álcool. Pelo menos nos ratos estudados pelo pesquisador Reinaldo Takahashi, professor do Departamento de Farmacologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

"O quadro de ansiedade envolve diversos fatores que devem ser estudados na relação com o álcool. Os dados obtidos mostraram que a relação entre o estado de tensão e o consumo não é tão direta quanto se supõe", disse em entrevista à Agência FAPESP.

Takahashi apresentou na 57ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Fortaleza, a conferência Existe uma relação entre beber álcool e transtornos de ansiedade? O que mostram os ratos.

Para testar a hipótese de que a ansiedade levaria ao consumo de álcool, o pesquisador escolheu linhagens diferentes de ratos. Comparar o consumo entre machos e fêmeas e verificar a sensibilidade dos animais aos efeitos da bebida também foram objeto da pesquisa.

Mantidos em ambiente controlado e em gaiolas individuais, os animais tinham à disposição duas garrafas, uma com água e outra com uma mistura de água e etanol, em concentrações que variaram de 0,2% a 0,6%. Os pesquisadores mediram o consumo de álcool durante oito dias.

O chamado teste do campo aberto foi utilizado para verificar a ansiedade dos ratos. Trata-se de uma estrutura de um metro quadrado de área, com as laterais fechadas e a parte superior aberta. De acordo com o pesquisador, ratos ansiosos tendem a explorar a área pelas beiradas, colados às paredes, enquanto os animais corajosos ou sob efeito de ansiolítico passeiam livremente pelo meio do quadrado.

A ansiedade inata dos ratos não pôde ser considerada fator primordial para o consumo de álcool, segundo Takahashi. Já o gênero, como mostram outros estudos, parece ser determinante para a auto-administração da bebida. As fêmeas de rato tendem a consumir mais álcool do que os machos.


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