Análise rápida e de qualidade
25 de abril de 2005

Pesquisadores da Unicamp desenvolvem método mais rápido –e barato – para análise de combustíveis. O novo teste alternativo pode ser feito tanto em gasolina como em álcool combustível

Análise rápida e de qualidade

Pesquisadores da Unicamp desenvolvem método mais rápido –e barato – para análise de combustíveis. O novo teste alternativo pode ser feito tanto em gasolina como em álcool combustível

25 de abril de 2005

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Uma alternativa para combater o problema dos combustíveis adulterados vendidos em postos do país foi desenvolvida no Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Os pesquisadores desenvolveram uma metodologia alternativa que permite testar a qualidade da gasolina e do álcool combustível em um tempo menor do que os processos tradicionais. O novo método utiliza um computador e um espectrofotômetro que trabalha em contato com o infravermelho próximo, região espectral das amostras situada logo depois da região do visível.

"Em apenas dez minutos é possível visualizar o resultado de cada amostra na tela do computador", disse Luiz Alexandre Sacorague à Agência FAPESP. As pesquisas que originaram a nova metodologia foram desenvolvidas durante a tese de doutorado do pesquisador e coordenadas por Jarbas Rohwedder, professor do Departamento de Química Analítica do IQ, com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Segundo Sacorague, o tempo de minutos não é contado a partir da coleta da amostra. No caso da cidade de São Paulo, por exemplo, o sistema precisa ser calibrado com as amostras das várias regiões, o que pode demorar até um dia. Depois de feito isso, qualquer análise terá seu resultado em 10 minutos.

A inovação do método alternativo está na criação de um modelo matemático que mostra o grau de suspeita da amostra. Quando o teste exibir um valor alto, a amostra terá que ser analisada pelo sistema tradicional, para que realmente fique provado que o combustível está adulterado.

O pesquisador ressalta que com a utilização do novo modelo o custo de análise das amostras pode cair consideravelmente, pois um espectrofotômetro custa em média R$ 90 mil. A soma de todos os equipamentos necessários para a execução do método tradicional chega a R$ 1,5 milhão. "Além de serem aparelhos bem caros, a grande economia estaria na manutenção desses equipamentos", diz Sacorague.

O pesquisador lembra que uma análise tradicional de adulteração requer vários instrumentos para determinar os ensaios físicos e químicos necessários para avaliar a qualidade dos combustíveis. "Com esse novo sistema, os parâmetros de qualidade podem ser determinados simultaneamente, com mais rapidez e baixo custo", disse.


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