Rede Clara pretende conectar 700 universidades e centros de pesquisa (foto: Nasa)

América Latina em alta velocidade
01 de março de 2004

Rede Clara, que pretende conectar em internet rápida mais de 700 universidades e centros de pesquisa em 16 países latino-americanos, será inaugurada em maio. Infra-estrutura do projeto tem financiamento de 12,5 milhões de euros da Comissão Européia

América Latina em alta velocidade

Rede Clara, que pretende conectar em internet rápida mais de 700 universidades e centros de pesquisa em 16 países latino-americanos, será inaugurada em maio. Infra-estrutura do projeto tem financiamento de 12,5 milhões de euros da Comissão Européia

01 de março de 2004

Rede Clara pretende conectar 700 universidades e centros de pesquisa (foto: Nasa)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Conectar mais de 700 universidades e centros de pesquisa, além de incentivar a cooperação regional em atividades educativas, científicas e culturais. Esses são os principais objetivos da Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas (Rede Clara), que será inaugurada em maio em seis países: Brasil, Argentina, Chile, México, Venezuela e Panamá.

O objetivo da Rede Clara é criar uma rede de alta velocidade (155 Mbps) pela internet para unir centros de ensino e de pesquisa de 16 países latino-americanos, que deverão estar incorporados até julho. O Brasil está representado no projeto pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), instituição ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

Segundo o diretor geral da RNP e presidente da Organização Clara, Nelson Simões, a rede irá permitir a colaboração entre os países por meio da troca de informações. Para ele, a iniciativa será importante em aplicações como a participação brasileira no Consórcio Soar (Southern Observatory for Astrophysical Research), no Chile.

"O Brasil tem 30% dos investimentos do telescópio que está sendo instalado nos Andes chilenos. Com a Rede Clara, será possível manter uma relação mais estreita com pesquisas como essa. Os astrônomos poderão fazer, por exemplo, operações assistidas em conjunto e os estudantes poderão utilizar o observatório a distância, daqui mesmo do Brasil", disse à Agência FAPESP.

Simões ressaltou que as instituições brasileiras que mantêm programas de parcerias com institutos de pesquisas europeus poderão, a partir de maio, executar diversos serviços a longa distância. "A conexão permitirá a realização de videoconferências, programas de educação a distância e obtenção de diagnósticos compartilhados".

Até abril de 2006, o projeto Clara contará com o financiamento da Comissão Européia, por meio do programa América Latina Interconectada com a Europa (Alice). O órgão executivo da União Européia concedeu 12,5 milhões de euros para a criação da infra-estrutura do projeto, que também interligará instituições de pesquisa latino-americanas e européias.

A Rede Clara ficará responsável, a partir de 2006, pela manutenção, desenvolvimento e aquisição de novos recursos para o projeto. "Precisamos começar a planejar uma estrutura de sustentação. Estamos trabalhando para o ingresso de mais países e para que a rede possa contar com apoio financeiro dos participantes", disse Simões.


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