Algodão resistente a insetos é liberado
21 de março de 2005

Após um seminário realizado em Brasília para os esclarecimentos técnicos finais, a CTNBio aprovou o comércio do algodão geneticamente modificado Bollgard Evento 531. O processo esteve em discussão durante seis meses

Algodão resistente a insetos é liberado

Após um seminário realizado em Brasília para os esclarecimentos técnicos finais, a CTNBio aprovou o comércio do algodão geneticamente modificado Bollgard Evento 531. O processo esteve em discussão durante seis meses

21 de março de 2005

 

Agência FAPESP - A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), instituição vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), anunciou no fim da semana passada em Brasília a liberação, para fins comerciais, do algodão Bollgard Evento 531. Esse produto geneticamente modificado tem sua patente registrada pela empresa Monsanto do Brasil.

A aprovação ocorreu em reunião ordinária da comissão que discutiu esse processo durante seis meses. Na quarta-feira (16), em Brasília, foi realizado um seminário, com especialistas do setor, para que as últimas dúvidas técnicas fossem debatidas. A CTNBio volta se reunir nesta terça (22) para deliberar sobre outros projetos que estão em curso.

Em comunicado do MCT, Jairon Nascimento, secretário executivo da comissão, justificou a decisão. "Após o debate com os pesquisadores e análise exaustiva de dez pareceristas, os membros da CTNBio votaram e aprovaram, por ampla e absoluta maioria, o parecer técnico que autoriza os produtores de algodão no Brasil a fazer uso da tecnologia que introduz, legalmente em nosso país, um evento de algodão geneticamente modificado, destinado ao plantio para fins comerciais."

A aprovação anunciada pelo MCT também prevê algumas obrigações formais, que deverão ser respeitadas pela empresa que detém a patente do algodão OGM. Uma delas é a necessidade que informações moleculares para detecção do Bollgard Evento 531 sejam dadas aos órgãos públicos.

A Monsanto também terá que excluir algumas áreas de plantio do seu produto e, além disso, estabelecer áreas de refúgio dentro das áreas de plantio que continuarem existindo. Um plano de mitigação também tem que estar pronto caso ocorra algum tipo de impacto causado pela tecnologia.


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