Professores da rede municipal de Salvador começam a receber capacitação para atividades de alfabetização científica, dentro do projeto Mão na Massa, criado na França e presente em diversas cidades do Brasil
Professores da rede municipal de Salvador começam a receber capacitação para atividades de alfabetização científica, dentro do projeto Mão na Massa, criado na França e presente em diversas cidades do Brasil
A primeira etapa do curso será a Oficina de Sensibilização, que será apresentada pela professora Rafaela Samagaia, da Estação Ciência da Universidade de São Paulo (USP).
Criado na França, o Mão na Massa foi trazido para o Brasil em 2001, por meio de um intercâmbio cultural com professores dos municípios de São Paulo, São Carlos e Rio de Janeiro. Na ocasião, foram implantadas turmas piloto nas três cidades.
Atualmente, existem trabalhos em andamento em Ribeirão Preto (SP), Jaraguá do Sul (SC), Vitória (ES), Campina Grande (PB) e Piracicaba (SP). Em Salvador, o projeto é uma parceria entre a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti) e a Universidade da Criança e do Adolescente (Única), centro de ensino de ciências da Organização do Auxílio Fraterno (OAF).
De acordo com o Secti, cerca de 80 professores e diretores de escolas municipais de Salvador devem participar da primeira oficina, que irá possibilitar o primeiro contato dos educadores com a metodologia. A partir daí, duas escolas terão o projeto piloto implantado: o Centro Educacional Carlo Novarese, que tem o apoio da OAF, e a Escola Municipal Barbosa Romeu, coordenada pelo Projeto Axé.
Para que o programa pudesse obedecer aos moldes iniciais, foram determinados alguns pontos básicos a serem seguidos para se aplicar o projeto Mão na Massa. O trabalho começa quando o professor propõe às crianças a observação de algum objeto ou fenômeno do seu mundo real, que deve ser experimentado várias vezes e de modos diferentes. Durante algumas semanas os alunos utilizam sua capacidade de questionar, raciocinar e discutir, permitindo a construção de um conhecimento que vai além da satisfação das curiosidades.
O assunto é trazido à sala de aula pelo menos duas horas por semana. Nesse período, os alunos anotam num caderno suas observações e conclusões. O professor só avança na complexidade das atividades quando percebe que a turma o está acompanhando. Além de fixarem os conteúdos científicos, os alunos se acostumam com a leitura e escrita das palavras relacionadas ao tema.
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