Estudo publicado na Nature, baseado na análise de eventos ocorridos na última década, sugere que pequenos abalos sísmicos podem ser usados para prever grandes terremotos (foto: Nasa)
Estudo publicado na Nature, baseado na análise de eventos ocorridos na última década, sugere que pequenos abalos sísmicos podem ser usados para prever grandes terremotos
Estudo publicado na Nature, baseado na análise de eventos ocorridos na última década, sugere que pequenos abalos sísmicos podem ser usados para prever grandes terremotos
Estudo publicado na Nature, baseado na análise de eventos ocorridos na última década, sugere que pequenos abalos sísmicos podem ser usados para prever grandes terremotos (foto: Nasa)
Segundo a pesquisa, feita por cientistas do Instituto Oceanográfico Woods Hole (WHOI) e da Universidade da Califórnia do Sul (USC), nos Estados Unidos, alguns tipos de terremotos podem ser previstos com várias horas de antecedência.
A equipe liderada por Jeffrey McGuire, do WHOI, analisou fortes abalos sísmicos ocorridos nos últimos dez anos e estudou falhas no Oceano Pacífico, em regiões nas quais as placas tectônicas se separam a uma velocidade superior a 10 centímetros por ano.
Os pesquisadores utilizaram dados de sensores da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (Noaa), que identificaram os instantes e os locais dos abalos prévios e dos principais.
"Essa é a primeira demonstração da possibilidade de se prever grandes terremotos", disse Thomas Jordan, da USC, um dos autores do estudo. "Alguns cientistas acreditam que terremotos ocorram subitamente, sem sinais de aviso. Isso pode ser verdadeiro para outras partes do planeta, mas não nas que estudamos."
Os cientistas consideraram o pré-abalo como qualquer tremor com magnitude de pelo menos 2,5 graus na escala Richter e o abalo principal como um tremor de magnitude superior a 5,4 graus. Pela metodologia desenvolvida, foi possível definir um alerta hipotético de uma hora em um raio de 15 quilômetros a partir do epicentro de cada pré-abalo. De acordo com os autores, isso permitiria identificar com antecedência seis dos nove grandes terremotos ocorridos na região estudada na última década.
Apesar de as falhas tectônicas estarem distantes de grandes centros populacionais, os pesquisadores acreditam que o fato de ser possível desenvolver um sistema de alerta pode ajudar a entender melhor o processo em que ocorrem tais fenômenos naturais, tenham eles origem nos fundos dos oceanos ou em terra.
Terremotos que ocorrem em terra geralmente não são precedidos por pré-abalos imediatos, o que evitaria a previsão pelos mesmos métodos. Em 2007, McGuire deverá ser o líder de uma expedição que pretende posicionar sensores em outras áreas do Oceano Pacífico, para continuar os estudos com a nova metodologia.
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