MCT anuncia a aprovação de dois projetos dentro das regras do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
MCT anuncia a aprovação de dois projetos dentro das regras do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). O ato mostra uma tendência: mesmo antes de o Protocolo de Kyoto ser aprovado, o controle sobre a emissão de carbono tende a aumentar
MCT anuncia a aprovação de dois projetos dentro das regras do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). O ato mostra uma tendência: mesmo antes de o Protocolo de Kyoto ser aprovado, o controle sobre a emissão de carbono tende a aumentar
MCT anuncia a aprovação de dois projetos dentro das regras do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
Nesta quarta-feira (2/6), o ministro da Ciência e Tecnologia Eduardo Campos anunciou a aprovação de dois projetos no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Por esse sistema, incluso no Protocolo de Kyoto, os países que emitem quantidades elevadas de carbono na atmosfera terrestre vão ter que comprar créditos dos países que estão abaixo da meta estipulada pela convenção. O Brasil se insere nesse segundo grupo.
Estimativas do Banco Mundial apontam que o comércio de créditos de carbono deverá movimentar, em todo o mundo, entre US$ 200 milhões e US$ 2 bilhões anualmente. Cada tonelada é avaliada hoje em US$ 5. A redução da emissão de carbono com os dois projetos brasileiros agora aprovados no âmbito nacional poderá render até US$ 150 milhões em dez anos.
Os países que pretendem reduzir as suas emissões ou então remover o carbono da atmosfera também terão que implementar projetos específicos com esses objetivos. Isso poderá ser feito com investimentos em tecnologias mais limpas, em fontes de energia renováveis e até em projetos de reflorestamento. Os recursos financeiros para esses projetos serão provenientes das vendas dos créditos de carbono.
Os dois programas aprovados pelo MCT, um em Nova Iguaçu (RJ) e outro em Salvador (BA), segundo o Governo Federal, estão totalmente afinados com os objetivos do MDL. Segundo Campos, o MDL do Protocolo de Kyoto é "o modo adequado de permitir a inserção dos países em desenvolvimento, como o Brasil, nesse esforço global, por meio da transferência de recursos financeiros e tecnológicos dos países desenvolvidos, para a redução de emissões em países em desenvolvimento".
Para poder entrar no cenário internacional, os projetos aprovados pelo Brasil terão que receber o aval do Conselho Executivo Internacional da Convenção de Mudanças Climáticas das Organizações das Nações Unidas. Esse processo, que é analisado por especialistas em Bonn, na Alemanha, pode demorar até 60 dias. Até hoje, esse grupo aprovou apenas 13 pedidos de credenciamento. Outros cinco estão em fase de análise.
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