Novo equipamento deverá estar disponível em julho de 2006 a um custo de R$ 2 mil (foto: divulgação)
Empresa incubada na UFMG desenvolve geladeira que funciona com luz solar para comunidades desprovidas de eletricidade. Equipamento também pode ser usado em locais com energia elétrica, com a vantagem de economia de até 30% na conta
Empresa incubada na UFMG desenvolve geladeira que funciona com luz solar para comunidades desprovidas de eletricidade. Equipamento também pode ser usado em locais com energia elétrica, com a vantagem de economia de até 30% na conta
Novo equipamento deverá estar disponível em julho de 2006 a um custo de R$ 2 mil (foto: divulgação)
Agência FAPESP - Tendo em conta que a geladeira é responsável por um dos maiores gastos na conta de energia elétrica, pesquisadores de uma empresa incubada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) resolveram desenvolver um aparelho movido a luz solar.
A idéia, que surgiu durante a crise energética de 2001, é suprir as necessidades de qualquer comunidade que não tenha eletricidade. O aparelho funciona por meio de um compressor movido a energia solar, que transforma calor em frio.
"O coletor de raios solares, que pode ser instalado no telhado da casa, concentra o calor em um tubo que esquenta um óleo vegetal biodegradável. O óleo quente é utilizado para regenerar o sistema de absorção de calor, responsável pela refrigeração dentro do aparelho", explica o engenheiro Fabiano Chaves, um dos idealizadores do protótipo, à Agência FAPESP. O matemático Fernando Cyríaco também participou do projeto. Ambos são sócios da Paz Engenharia.
Chaves lembra que o aparelho usa outras fontes de energia, em caso de variações climáticas em regiões desprovidas de eletricidade. Gás, álcool, biomassa e carvão são elementos que podem substituir o sol e manter o reservatório de óleo vegetal aquecido para manter os alimentos refrigerados.
"Se for instalado em uma casa com eletricidade, o aparelho pode ser responsável pela economia de até 30% na conta de energia", disse. O pesquisador cita ainda duas outras vantagens: a geladeira não emite nenhum tipo de ruído e tem uma vida útil de 40 anos.
Chaves e Cyríaco planejam a construção de uma fábrica, em Belo Horizonte, para a produção em larga escala. Eles estimam que o produto final chegará ao consumidor em meados do ano que vem, a um custo de R$ 2 mil.
De acordo com um estudo de viabilidade econômica feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em diferentes cidades de Minas Gerais, 97 mil famílias podem ser potenciais compradoras da invenção.
Mais informações: www.paz.eng.br.
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