Água em perspectiva

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Agência FAPESP* –Agência FAPESP - O governo brasileiro divulgou recentemente dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento que mostram a real dimensão do desafio qualitativo que o país têm em relação aos recursos hídricos. Enquanto 95,3% dos domicílios urbanos brasileiros estão ligados à rede de água, apenas 50,6% tem esgoto. Se o foco se fechar sobre o semi-árido, ou então sobre a eventual poluição do Aqüífero Guarani, a questão da qualidade do acesso mais uma vez emerge. 

Dentro dessa perspectiva, o Dia Mundial da Água, comemorado nesta terça-feira (22/3), ganha ainda mais importância. Aproveitando a ambientação, o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Ciência e Tecnologia lançam, em Brasília, o Sistema Nacional de Informações para a Gestão dos Recursos Hídricos (Singreh). A expectativa é que as informações geradas pela iniciativa possam auxiliar os governantes no futuro.  

Além das ações técnicas, no campo e na cidade, os responsáveis pela gestão dos recursos hídricos brasileiros terão que agir em um outro campo, segundo uma pesquisa divulgada este mês pelo Ibope, feita por encomenda da organização não-governamental WWF. Entre outros problemas, o brasileiro desconhece quem são os reais vilões em termos de consumo nacional. Ou seja, investir em educação ambiental também é fundamental.  

A pesquisa, que entrevistou mil pessoas em todo o país, de todas as faixas salariais e níveis escolares, revelou alguns quadros que não condizem com a realidade. Para os entrevistados, em termos de consumo a indústria é a grande vilã, com 41% da preferência. 

O consumo doméstico ficou em segundo, com 34%, enquanto a agricultura apareceu em terceiro, com apenas 18%. No Brasil, o maior consumidor de água está no campo. As atividades agrícolas respondem por 70% da demanda. A pesquisa WWF/Ibope também revelou que 88% dos brasileiros acreditam que o país irá enfrentar problemas de abastecimento no médio prazo. 

Este ano, o Brasil redige o Plano Nacional de Recursos Hídricos e Racionalização do Uso da Água. Das grandes questões nacionais, como a transposição do rio São Francisco, até o banheiro das casas muitas discussões serão ainda travadas. 

O Dia Mundial da Água também será marcado por eventos em todo o planeta. A Organização das Nações Unidas (ONU) lança o Decênio Internacional para a ação Água, fonte de vida. A expectativa da ação mundial é, até 2015, melhorar o acesso à água, principalmente em países do terceiro mundo. 

"Essa é uma matéria urgente para o desenvolvimento e para a dignidade humana", disse Kofi Annan, secretário-geral da ONU, no lançamento da década da água.

<b>Agência FAPESP</b> - O governo brasileiro divulgou recentemente dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento que mostram a real dimensão do desafio qualitativo que o país têm em relação aos recursos hídricos. Enquanto 95,3% dos domicílios urbanos brasileiros estão ligados à rede de água, apenas 50,6% tem esgoto. Se o foco se fechar sobre o semi-árido, ou então sobre a eventual poluição do Aqüífero Guarani, a questão da qualidade do acesso mais uma vez emerge. 
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Dentro dessa perspectiva, o Dia Mundial da Água, comemorado nesta terça-feira (22/3), ganha ainda mais importância. Aproveitando a ambientação, o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Ciência e Tecnologia lançam, em Brasília, o Sistema Nacional de Informações para a Gestão dos Recursos Hídricos (Singreh). A expectativa é que as informações geradas pela iniciativa possam auxiliar os governantes no futuro.  
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Além das ações técnicas, no campo e na cidade, os responsáveis pela gestão dos recursos hídricos brasileiros terão que agir em um outro campo, segundo uma pesquisa divulgada este mês pelo Ibope, feita por encomenda da organização não-governamental WWF. Entre outros problemas, o brasileiro desconhece quem são os reais vilões em termos de consumo nacional. Ou seja, investir em educação ambiental também é fundamental.  
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A pesquisa, que entrevistou mil pessoas em todo o país, de todas as faixas salariais e níveis escolares, revelou alguns quadros que não condizem com a realidade. Para os entrevistados, em termos de consumo a indústria é a grande vilã, com 41% da preferência. 
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O consumo doméstico ficou em segundo, com 34%, enquanto a agricultura apareceu em terceiro, com apenas 18%. No Brasil, o maior consumidor de água está no campo. As atividades agrícolas respondem por 70% da demanda. A pesquisa WWF/Ibope também revelou que 88% dos brasileiros acreditam que o país irá enfrentar problemas de abastecimento no médio prazo. 
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Este ano, o Brasil redige o Plano Nacional de Recursos Hídricos e Racionalização do Uso da Água. Das grandes questões nacionais, como a transposição do rio São Francisco, até o banheiro das casas muitas discussões serão ainda travadas. 
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O Dia Mundial da Água também será marcado por eventos em todo o planeta. A Organização das Nações Unidas (ONU) lança o Decênio Internacional para a ação </i>Água, fonte de vida</i>. A expectativa da ação mundial é, até 2015, melhorar o acesso à água, principalmente em países do terceiro mundo. 
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"Essa é uma matéria urgente para o desenvolvimento e para a dignidade humana", disse Kofi Annan, secretário-geral da ONU, no lançamento da década da água. 
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