Para Luiz Madi, presidente da Abipti, está muito claro que o retorno concreto dos investimentos em CT&I é imperativo para a sociedade
(foto:Unicamp)
No encerramento da Conferência do Sudeste, relatores apresentam resultados dos 19 grupos de trabalho. Luiz Madi, presidente da Abipti, faz um resumo do encontro que apresentou a idéia da Agenda Sudeste
No encerramento da Conferência do Sudeste, relatores apresentam resultados dos 19 grupos de trabalho. Luiz Madi, presidente da Abipti, faz um resumo do encontro que apresentou a idéia da Agenda Sudeste
Para Luiz Madi, presidente da Abipti, está muito claro que o retorno concreto dos investimentos em CT&I é imperativo para a sociedade
(foto:Unicamp)
Agência FAPESP - O encerramento da Conferência do Sudeste de Ciência, Tecnologia e Inovação, em Belo Horizonte, na quinta-feira (4/8), reuniu os relatores dos 19 grupos de debates. Foram apresentados as pré-propostas tiradas nas reuniões, temas diversos que confluíram na necessidade de tratar a ciência, tecnologia e inovação (CT&I) como segmento estratégico para o desenvolvimento sócio-econômico do país.
Para Luiz Madi, presidente da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti) e coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, a qualidade dos conferencistas e debatedores e o número de participantes foi "uma agradável constatação". O público, inicialmente previsto de 250 participantes superou a casa dos 400.
Mesmo sem ter os trabalhos totalmente consolidados, devido ao grande volume de temas, ele acredita que a ação mais importante dessa conferência regional foi a proposta da Agenda Sudeste, para integrar os recursos de toda a região, compartilhar os temas e situações comuns e conseguir financiamentos nacionais e internacionais a partir da consolidação de um padrão de competência.
Madi observa que a idéia foi receptiva nos quatro estados da região e a articulação, pela primeira vez, se deu no nível estadual, já que todos os secretários da área estiveram presentes no encontro. Algumas iniciativas nesse sentido já tinham sido tentadas no âmbito de instituições, nunca com o peso do Estado.
Alguns pontos ficaram bastante evidentes nas discussões de vários grupos. O presidente da Abipti enumerou alguns. "Começa a ficar muito claro que o retorno concreto dos investimentos em CT&I para a sociedade é imperativo. As publicações são importantes mas temos que apresentar produtos para melhorar a vida das pessoas", disse em entrevista à Agência FAPESP.
Para que isso aconteça, Madi acredita que serão necessárias algumas mudanças e esforços. Entre as mudanças destaca a busca de novos modelos jurídico-administrativos "para afastar os entraves burocráticos que impedem inovações" e a mudança nos critérios de avaliação dos projetos nas agências de fomento federais e estaduais, considerando a natureza do projeto quando for de cunho tecnológico.
Outro ponto bastante reforçado no encontro em Belo Horizonte, preparatório para a 3ª Conferência Nacional de C,T&I, que será em novembro em Brasília, segundo Madi, foi a necessidade de focar na gestão, com formação de empreendedores capazes de realizar negócios a partir da inovação. Ele acredita que a regulamentação da Lei de Inovação e a Política Industrial e Tecnológica do Comércio Exterior devem contribuir para facilitar algumas questões.
Otimista, o presidente da Abipti, observa que após as duas primeiras conferências nacionais, o Brasil deu um salto qualitativo no que se refere à CT&I. Após a terceira conferência, ele espera um salto maior. "Acho que a sociedade não tem essa percepção e, por isso, penso que devemos concentrar esforços também na divulgação de CT&I", concluiu.
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