Infraestruturas de pesquisa existentes e as previstas para entrar em operação nos próximos anos exigirão maior colaboração entre as instituições da região, avaliou diretor do Conicet (foto: Piu Dip/Agência FAPESP)

Agências de fomento à pesquisa da América Latina querem aumentar cooperação regional
06 de maio de 2019

Infraestruturas de pesquisa existentes e as previstas para entrar em operação nos próximos anos exigirão maior colaboração entre as instituições da região, avaliou diretor do Conicet

Agências de fomento à pesquisa da América Latina querem aumentar cooperação regional

Infraestruturas de pesquisa existentes e as previstas para entrar em operação nos próximos anos exigirão maior colaboração entre as instituições da região, avaliou diretor do Conicet

06 de maio de 2019

Infraestruturas de pesquisa existentes e as previstas para entrar em operação nos próximos anos exigirão maior colaboração entre as instituições da região, avaliou diretor do Conicet (foto: Piu Dip/Agência FAPESP)

 

Elton Alisson  |  Agência FAPESP – As grandes instalações científicas já existentes e as que entrarão em operação na América Latina nos próximos anos, como o Sirius – a nova fonte brasileira de luz sincrotron – e o Laboratório Argentino de Feixes de Nêutrons (LAHN) – vão exigir maior cooperação entre as agências de fomento à pesquisa da região tanto para a manutenção dessas infraestruturas, como para o financiamento dos projetos previstos.

A avaliação foi feita por Jorge Tezon, gerente de desenvolvimento do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas e Técnicas (Conicet), da Argentina, durante o Encontro Anual do Global Research Council (GRC), que terminou dia 03/05, em São Paulo.

O encontro, que ocorreu pela primeira vez no Brasil, reuniu chefes de agências de fomento de 50 países dos cincos continentes. O evento foi organizado pela FAPESP, pelo Conicet e pela German Research Foundation (DFG, na sigla em alemão).

“O custo de manutenção dessas instalações é muito alto. Será preciso obter recursos, de diferentes fontes, para que essas infraestruturas estejam permanentemente a serviço de multiusuários da comunidade científica latino-americana e internacional. Para isso, será preciso assegurar uma maior cooperação entre as agências de fomento à pesquisa da região”, disse Tezon à Agência FAPESP.

Na América Latina, participam do GRC, além do Brasil e da Argentina, o México, o Chile, a Colômbia, a Guatemala, El Salvador e o Panamá – o mais recente país da região a fazer parte do consórcio global. O Uruguai e o Paraguai, ainda não integram o GRC, disse Tezon.

“A agência de fomento à inovação do Uruguai tem, pelo menos, oito anos de atuação. Já o sistema de financiamento científico do Paraguai começou a ser organizado mais recentemente. Seria importante que esses e outros países da América Latina ainda não associados passassem a integrar o GRC”, afirmou Tezon.

Na avaliação de Claudia Guerrero Monteza, diretora de cooperação internacional da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Senacyt) do Panamá, uma das dificuldades para aumentar a adesão de agências de fomento à pesquisa da América Latina é, primeiramente, identifica-las.

Ao contrário de países como o Brasil e a Argentina, cujas agências são independentes e bem identificadas, em outras nações latino-americanas essas agências estão integradas na estrutura de governos, disse Monteza.

“Há uma dificuldade de identificar em alguns países da América Latina quem são as agências de fomento. Esse é o primeiro passo para engajarmos mais instituições da região a participar do GRC”, avaliou.

Mais informações sobre a 8ª Reunião Anual do Global Research Council: www.fapesp.br/eventos/grc

 

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