"O grande potencial do Brasil está nas plantas. Sem dúvida os medicamentos fitoterápicos podem se tornar uma realidade", disse Antônio José Lapa, da Unifesp, na 57ª Reunião Anual da SBPC (foto: SBPC)

Aderência natural
19 de julho de 2005

"O grande potencial do Brasil está nas plantas. Sem dúvida os medicamentos fitoterápicos podem se tornar uma realidade", disse Antônio José Lapa, da Unifesp, na 57ª Reunião Anual da SBPC, em Fortaleza

Aderência natural

"O grande potencial do Brasil está nas plantas. Sem dúvida os medicamentos fitoterápicos podem se tornar uma realidade", disse Antônio José Lapa, da Unifesp, na 57ª Reunião Anual da SBPC, em Fortaleza

19 de julho de 2005

"O grande potencial do Brasil está nas plantas. Sem dúvida os medicamentos fitoterápicos podem se tornar uma realidade", disse Antônio José Lapa, da Unifesp, na 57ª Reunião Anual da SBPC (foto: SBPC)

 

Por Eduardo Geraque, de Fortaleza

Agência FAPESP - A inovação farmacológica poderá ter realmente esse título apenas quando ela surgir a partir de bases já existentes, testadas dentro dos protocolos de segurança nacionais e internacionais. Ou seja, novos remédios poderão ser obtidos desde que os cientistas saibam com exatidão como funcionam os compostos semelhantes, já existentes no mercado farmacêutico.

"É muito mais importante entender primeiro o que está ocorrendo do que desenvolver um medicamento propriamente dito", disse o médico Antônio José Lapa, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) à Agência FAPESP. O especialista em farmacologia esteve nesta segunda-feira (18/7) na Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Fortaleza.

Mesmo na fase de entender os caminhos, sem a preocupação de chegar aos fins, Lapa é categórico: "O grande potencial do Brasil está nas plantas. Sem dúvida os medicamentos fitoterápicos podem se tornar uma realidade". O professor disse ser totalmente contrário às últimas determinações do Centro Nacional de Recursos Genéticos (Cenargen), que, segundo ele, criou muitas burocracias que atrasam a pesquisa científica.

Apesar de problemas como falta de recursos humanos – o que não deixa de ser um aviso importante para os alunos de graduação, Lapa lembrou de outra qualidade, bastante importante, no caso dos remédios naturais: "A aderência desses é grande na sociedade, o que torna esse tipo de remédio mais positivo".

Para um remédio ser aprovado dentro dos protocolos existentes ele deve mostrar bons indicadores em termos de eficácia, toxicologia e segurança farmacológica.

Para o pesquisador Raimundo Braz Filho, químico da Universidade Estadual do Norte Fluminense, outro obstáculo bastante presente no Brasil precisa ser enfrentado. "A biopirataria com plantas amazônicas, que tem substâncias ativas já usadas pelos índios, é uma realidade", disse.


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