Abaixo-assinado alerta sobre crise no Iuperj

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Agência FAPESP* –Por Eduardo Geraque

Agência FAPESP - Uma grande referência no campo das ciências sociais brasileiras, o Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) passa por uma crise financeira grave, que teve início em 1999, quando os primeiros salários dos 30 professores que trabalham em sistema de regime integral começaram a atrasar.

Para alertar sobre a importância do órgão de pesquisa para o Brasil, ressaltando a necessidade de se continuar com as reflexões sociais dentro dos muros do casarão na rua da Matriz, no bairro de Botafogo, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) resolveu lançar um documento de alerta, que já conta com mais de 400 assinaturas de pesquisadores de várias partes do Brasil

O motivo, em última instância, é um só. Criar, de comum acordo, uma forma viável para que um instituto criado por uma universidade privada em 1969, mas com finalidade pública, possa sobreviver. O Iuperj, que pertence à Universidade Cândido Mendes, instituição de ensino particular especializada em ciências sociais, nunca cobrou mensalidade de seus alunos de pós-graduação. Os estudantes normalmente são financiados por bolsas de instituições públicas de fomento à pesquisa.

"Não existe um impasse entre nós e a direção da universidade", disse Fabiano Santos, diretor do Iuperj, à Agência FAPESP. "Estamos conversando sobre a melhor maneira de resolver a situação, que, sem dúvida, deve passar pela esfera pública federal." Segundo o cientista social, já existe entendimentos com o Ministério da Ciência e Tecnologia para que o instituto possa contar com um orçamento fixo, o que não existe atualmente.

"É claro que existem limites para a universidade privada, mas temos um papel forte na área das ciências sociais e vamos procurar parceiros para que se possa fazer, pelo menos, o compartilhamento de nosso orçamento fixo", afirmou Santos. Segundo o diretor do Iuperj, para manter a instituição são necessários cerca de R$ 6 milhões ao ano. "Somos uma instituição enxuta, com poucos professores e funcionários."

<b>Por Eduardo Geraque</b>
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<b>Agência FAPESP</b> - Uma grande referência no campo das ciências sociais brasileiras, o Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) passa por uma crise financeira grave, que teve início em 1999, quando os primeiros salários dos 30 professores que trabalham em sistema de regime integral começaram a atrasar.
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Para alertar sobre a importância do órgão de pesquisa para o Brasil, ressaltando a necessidade de se continuar com as reflexões sociais dentro dos muros do casarão na rua da Matriz, no bairro de Botafogo, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) resolveu lançar um documento de alerta, que já conta com mais de 400 assinaturas de pesquisadores de várias partes do Brasil
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O motivo, em última instância, é um só. Criar, de comum acordo, uma forma viável para que um instituto criado por uma universidade privada em 1969, mas com finalidade pública, possa sobreviver. O Iuperj, que pertence à Universidade Cândido Mendes, instituição de ensino particular especializada em ciências sociais, nunca cobrou mensalidade de seus alunos de pós-graduação. Os estudantes normalmente são financiados por bolsas de instituições públicas de fomento à pesquisa.
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"Não existe um impasse entre nós e a direção da universidade", disse Fabiano Santos, diretor do Iuperj, à <b>Agência FAPESP</b>. "Estamos conversando sobre a melhor maneira de resolver a situação, que, sem dúvida, deve passar pela esfera pública federal." Segundo o cientista social, já existe entendimentos com o Ministério da Ciência e Tecnologia para que o instituto possa contar com um orçamento fixo, o que não existe atualmente.
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"É claro que existem limites para a universidade privada, mas temos um papel forte na área das ciências sociais e vamos procurar parceiros para que se possa fazer, pelo menos, o compartilhamento de nosso orçamento fixo", afirmou Santos. Segundo o diretor do Iuperj, para manter a instituição são necessários cerca de R$ 6 milhões ao ano. "Somos uma instituição enxuta, com poucos professores e funcionários."
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