Para João Carlos de Souza Meirelles, secretário da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, o conselho vai ser uma ferramenta importante de transferência de conhecimento
(Foto:T. Romero)

A volta do Concite
26 de agosto de 2004

Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia é relançado na quarta (25/8), para auxiliar na formulação de políticas de C&T para São Paulo, em assuntos como a inclusão de mais doutores no mercado de trabalho ou o aumento dos investimentos em P&D nas empresas

A volta do Concite

Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia é relançado na quarta (25/8), para auxiliar na formulação de políticas de C&T para São Paulo, em assuntos como a inclusão de mais doutores no mercado de trabalho ou o aumento dos investimentos em P&D nas empresas

26 de agosto de 2004

Para João Carlos de Souza Meirelles, secretário da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, o conselho vai ser uma ferramenta importante de transferência de conhecimento
(Foto:T. Romero)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Uma ferramenta eficiente para a discussão de assuntos estratégicos em busca do desenvolvimento científico e tecnológico do Estado de São Paulo. Essa foi a melhor definição encontrada por representantes do governo, de universidades e de empresas privadas para o Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia (Concite), que foi relançado em cerimônia na manhã de quarta-feira (25/8), na capital paulista.

O conselho, que havia sido organizado nos anos 70 por uma Lei Estadual, chegou a ser reorganizado pelo Governador Mário Covas em 1995. Em setembro daquele ano ocorreu a primeira reunião ordinária do grupo.

O Concite agora renasce para auxiliar o governo estadual na formulação de políticas de C&T. Para isso, os membros do conselho deverão traçar diretrizes para, por exemplo, registro de patentes, transferência de tecnologia das universidades para as empresas ou aumento dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) nas empresas privadas. A inclusão de um maior número de doutores no mercado de trabalho e o aconselhamento sobre os investimentos a serem feitos pelos gestores dos fundos setoriais também são outros temas importantes.

"A base da infra-estrutura necessária atualmente para o Estado de São Paulo depende da capacidade intelectual das universidades e dos institutos de pesquisa aqui instalados", disse João Carlos de Souza Meirelles, secretário da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo. "O Concite irá atuar justamente no sentido de transformar a capacitação científica e tecnológica acumulada em instrumentos de desenvolvimento econômico que possam ser transferidos para a sociedade."

Segundo Meirelles, inicialmente um dos grandes esforços do Concite é a criação de quatro grandes pólos de transferência tecnológica. O primeiro seria o Parque Tecnológico de São José dos Campos, voltado para a área aeroespacial, que envolveria o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Centro Técnico Aeroespacial (CTA). O segundo pólo, liderado pela Universidade de São Paulo, na capital paulista, teria a participação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) para o desenvolvimento de estudos sobre novos materiais e nanotecnologia.

O terceiro pólo teria abrigo na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e seria voltado para estudos sobre tecnologia da informação e comunicação. O quarto parque tecnológico estaria concentrado em São Carlos, para a área da biotecnologia.

"A idéia é atrair e viabilizar a presença dos núcleos de pesquisa das grandes empresas desses setores estratégicos para os centros de desenvolvimento tecnológico das universidades brasileiras", prevê Meirelles, que assumiu a presidência do conselho do Concite, que é formado ainda por outros secretários de Estado e pelos reitores das três universidades públicas de São Paulo. Carlos Vogt, como presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), também é um dos membros do conselho.

Na cerimônia de relançamento do Concite, Regina Gusmão, coordenadora executiva dos Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo, fez uma apresentação sobre os indicadores de investimentos em Ciência e Tecnologia-FAPESP. O período abordado foi de 1998 a 2002.


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