Landi, da FAPESP, no evento em Lindóia

A saída é unir esforços
17 de setembro de 2003

No debate sobre política científica no 49º Congresso Nacional de Genética, o recorrente problema da falta de recursos voltou à tona. A alternativa, segundo Francisco Romeu Landi, da FAPESP e do Fórum das FAPs, passa pela complementaridade entre Estados e União

A saída é unir esforços

No debate sobre política científica no 49º Congresso Nacional de Genética, o recorrente problema da falta de recursos voltou à tona. A alternativa, segundo Francisco Romeu Landi, da FAPESP e do Fórum das FAPs, passa pela complementaridade entre Estados e União

17 de setembro de 2003

Landi, da FAPESP, no evento em Lindóia

 




Por Eduardo Geraque, de Águas de Lindóia

Agência FAPESP - O número de bolsas e os recursos financeiros sempre escassos para a ciência e tecnologia no Brasil são problemas recorrentes. Em qualquer congresso científico realizado no país, independente da área, o problema será invariavelmente levantado. Na 49ª edição do Congresso Nacional de Genética, em Águas de Lindóia (SP), não poderia ser diferente.

"A saída passa pelas parcerias, tanto as agências de fomento estaduais como as federais precisam atuar em conjunto", afirmou Francisco Romeu Landi, diretor-presidente da FAPESP e presidente do Fórum das FAPs. Landi esteve ao lado de Felizardo da Silva, assessor especial da presidência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na mesa-redonda Políticas de Ciência e Tecnologia, realizada na manhã desta quarta-feira (17/9).

Em sua apresentação, Landi exibiu os esforços que a FAPESP vem fazendo na área da genética, com os vários programas de genoma que a fundação financia. Aos críticos, lembrou: "Não é verdade que todos os recursos estão indo para a genética. Em média, eles não ultrapassaram os 5% nos últimos anos".

Ao contrário de São Paulo, onde os recursos previstos na Constituição do Estado são transferidos devidamente para a FAPESP, em outros locais do país a situação é bastante diferente. "Cabe à própria comunidade científica pressionar as suas assembléias legislativas para que o repasse ocorra", defendeu Landi.

O representante do CNPq também concordou que os recursos nem sempre são os ideais, mas lembrou que não depende da instituição que representa aumentar o número e o valor das bolsas de mestrado e doutorado no país. "Estamos presos a um orçamento, mas, com certeza, os recursos provenientes dos fundos setoriais poderão nos ajudar no futuro próximo", disse Felizardo da Silva.

O próprio CNPq, segundo o assessor, concorda que uma política de fixação de recursos humanos em regiões distantes do Brasil, como na Amazônia, por exemplo, não pode ser feita apenas por intermédio da concessão de bolsas. "Isso é um paliativo", disse.

Landi, que se disse impressionado com as 2,6 mil inscrições que foram contabilizadas pela direção do 49° Congresso Brasileiro de Genética, reconheceu nos próprios corredores do centro de convenções parte da solução do problema. "É muito bom ver tantos jovens e também muitos cabelos brancos. O Brasil é um país jovem e, aos poucos, vamos ajustando as coisas", disse.


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