A relatividade da pressão alta
23 de março de 2004

No Reino Unido, pesquisa publicada por médicos do Instituto Wolfson de Medicina Preventiva afirma que a pressão sangüínea não é um bom indicador para se determinar riscos de ataques cardíacos

A relatividade da pressão alta

No Reino Unido, pesquisa publicada por médicos do Instituto Wolfson de Medicina Preventiva afirma que a pressão sangüínea não é um bom indicador para se determinar riscos de ataques cardíacos

23 de março de 2004

 

Agência FAPESP - Os níveis de pressão do sangue, sozinhos ou combinados com as taxas de colesterol, são pobres indicadores de saúde. Não são eficientes para prever se determinado paciente tem maior ou menor chance de desenvolver algum problema cardíaco ou um ataque do coração.

As afirmações foram feitas em estudo realizado no Instituto Wolfson de Medicina Preventiva e publicado na edição corrente do Journal of Medical Screening, um dos títulos científicos da britânica Royal Society of Medicine.

A pesquisa mostra que, apesar de a pressão alta estar relacionada com problemas cardíacos, a maioria dos ataques do coração atinge pessoas com níveis normais de pressão sangüínea.

Para Malcolm Law, principal autor do trabalho, um tratamento preventivo bastante eficaz é acompanhar pacientes que receberam alta de hospitais por causa de problemas cardíacos. Segundo ele, 50% das mortes causadas por problemas do coração ocorrem em pessoas que já haviam sofrido um ataque prévio.

Outra estratégia, segundo os cientistas britânicos, é oferecer tratamento preventivo para todas as pessoas com mais de 55 anos, e não apenas para aquelas que apresentam pressão alta. O fator idade, segundo os testes estatísticos realizados na pesquisa, é muito mais importante do que as medidas referentes à pressão ou ao colesterol.

Outro dado discutido está relacionado com as taxas de drogas utilizadas para o combate à pressão alta. Os pesquisadores dizem que quanto menor a taxa de remédios consumido por um paciente, maior será a proteção. Segundo eles, na maioria dos casos, as doses poderiam ser reduzidas pela metade.


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