Marilyn Monroe também freqüentou os quadrinhos
(foto:divulgação)

A nona arte
20 de abril de 2005

Pesquisas, arquivo, livro e tese mostram que os quadrinhos ainda mantêm sua importância. Leia na reportagem da nova edição da revista Pesquisa FAPESP

A nona arte

Pesquisas, arquivo, livro e tese mostram que os quadrinhos ainda mantêm sua importância. Leia na reportagem da nova edição da revista Pesquisa FAPESP

20 de abril de 2005

Marilyn Monroe também freqüentou os quadrinhos
(foto:divulgação)

 

Por Carlos Haag

Revista Pesquisa FAPESP - Foi-se o tempo em que as mães tinham certa dose de razão de gritar: "Menino, pára de ler gibi e vai estudar!" Hoje as duas atividades andam juntas e freqüentam a universidade. "As histórias em quadrinhos são importantes demais para serem deixadas como reféns das circunstâncias. Infelizmente, durante muito tempo elas foram consideradas materiais de segunda ou terceira categoria por parcelas influentes da sociedade", afirma Waldomiro Vergueiro, professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e coordenador do Núcleo de Pesquisas de Histórias em Quadrinhos (NPHQ), da USP.

Acreditando no valor da "nona arte", Nogueira desenvolveu, com apoio da FAPESP, o projeto Diretório geral de histórias em quadrinhos no Brasil, que disponibiliza na internet (www.eca.usp.br/agaque ) um catálogo com todos os títulos de HQs publicados no país. "O projeto visa à preservação da memória quadrinhística nacional."

Esse desinteresse pelas "revistinhas" exige uma explicação, pois como desprezar uma mídia que, nos anos 1960, chegava a vender espantosos 240 milhões de exemplares anuais num país cuja população não superava os 55 milhões?

"Dos quatro maiores empresários da imprensa brasileira no século 20, três começaram no segmento de revistas como editores de quadrinhos: Roberto Marinho, Adolfo Aizen e Victor Civita. O hoje megaconglomerado editorial Record, de Alfredo Machado, começou como o primeiro distribuidor de quadrinhos do Brasil. Esses empresários montaram seus impérios editoriais a partir do negócio lucrativo das HQs, cujas vendas impulsionaram seus negócios", afirma Gonçalo Junior, autor de A guerra dos gibis (Companhia das Letras, 448 págs., R$ 52), história do impacto da chegada dos quadrinhos ao país.

Clique aqui para ler o texto completo na edição 109 de Pesquisa FAPESP.

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