Pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, concluem a análise genética dos pigmentos coloridos da visão dos cangurus australianos. Segundo eles, esses animais enxergam apenas amarelo, cinza e alguns tons de azul
Pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, concluem a análise genética dos pigmentos coloridos da visão dos cangurus australianos. Segundo eles, esses animais enxergam apenas amarelo, cinza e alguns tons de azul
Para chegar às conclusões sobre a limitada visão colorida dos marsupiais que vivem no Deserto da Austrália, um grupo de pesquisadores, liderados por Samir Deeb, da Universidade de Washington, em Seattle, fez a análise genética dos pigmentos, em que seqüenciaram trechos do RNA mensageiro. O estudo está publicado na revista científica Molecular Biology and Evolution.
Por causa da visão pouco colorida dos cangurus australianos, os pesquisadores de Seattle acreditam que o cheiro, para esses animais, apresenta uma função muito mais importante para se localizarem no ambiente. Em vários casos, segundo Deeb, o olfato é muito mais usado que a visão.
Entre os mamíferos, os seres humanos apresentam três pigmentos ligados à visão, o que permite a existência de uma visão tricromática. Em outros grupos, como pássaros, répteis e peixes, normalmente se encontram quatro tipos de pigmentos, diferentes dos identificados entre os humanos.
De acordo com Deeb, quando os mamíferos placentários se tornaram noturnos, dois pigmentos visuais foram perdidos. Há 40 milhões de anos, aproximadamente, os primatas conseguiram recuperar um terceiro tipo de pigmento, diferenciados dos anteriores, o que permitiu a visualização de todos os tons do espectro.
Os pesquisadores norte-americanos, que já começaram novas investigações para entender como os pigmentos visuais evoluíram, afirmam que esses processos, nos vários grupos de vertebrados, ocorreram de forma independente.
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