Maria Cândida Reginato Facciotti, uma das duas professoras titulares da história da Poli (foto: reprodução)

A lenta ocupação feminina
17 de fevereiro de 2004

Luta das mulheres para ganhar novos espaços na universidade e no mercado de trabalho em profissões antes consideradas masculinas é o tema do livro As mulheres politécnicas: Histórias e Perfis, que será lançado em março. Na história da tradicional Escola Politécnica da USP, apenas duas mulheres chegaram ao grau de titular, entre elas Maria Cândida Reginato Facciotti (foto)

A lenta ocupação feminina

Luta das mulheres para ganhar novos espaços na universidade e no mercado de trabalho em profissões antes consideradas masculinas é o tema do livro As mulheres politécnicas: Histórias e Perfis, que será lançado em março. Na história da tradicional Escola Politécnica da USP, apenas duas mulheres chegaram ao grau de titular, entre elas Maria Cândida Reginato Facciotti (foto)

17 de fevereiro de 2004

Maria Cândida Reginato Facciotti, uma das duas professoras titulares da história da Poli (foto: reprodução)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Como parte das comemorações dos 110 anos da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP), será lançada no dia 8 de março, em São Paulo, o livro As mulheres politécnicas: Histórias e Perfis, organizado por uma equipe de pesquisadores ligados ao Centro de Estudos de Demografia Histórica da América Latina (Cedhal).

"A publicação é uma homenagem da Poli às suas professoras e alunas. Nós procuramos recuperar a história dessas mulheres dentro da instituição", disse Eni de Mesquita Samara, uma das organizadoras da obra, à Agência FAPESP.

Na tradicional instituição de ensino de engenharia, a ocupação feminina em lugares de destaque ainda é lenta. Apenas duas professoras chegaram, até hoje, ao grau de titulares na Poli: Maria Cândida Reginato Facciotti, vice-diretora da pós-graduação, e Inês Pereira, a primeira chefe do Departamento de Engenharia Elétrica.

O livro, que registra o nome de Ana Maria Fridora Hoffmann, formada em 1928, como a primeira mulher politécnica, traz ainda um perfil biográfico das titulares, livre-docentes e doutoras, completando um quadro geral das mulheres na instituição.

A questão do mercado de trabalho no Brasil e a posição das mulheres, desde o período escravagista até hoje, também foi alvo da publicação. "Surpreende constatar que o preconceito ainda está presente dentro do mercado de trabalho", disse Eni, professora do Cedhal e atual diretora do Museu Paulista.

Durante a cerimônia de lançamento de As mulheres politécnicas: Histórias e Perfis haverá uma mesa-redonda, às 16 horas, sobre os principais temas retratados pela obra. A Escola Politécnica fica na Avenida Professor Luciano Gualberto, travessa 3, nº 380, na Cidade Universitária, em São Paulo.


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