Revista também trata do avanço no desenvolvimento de tecnologias assistivas e explora as possibilidades relacionadas ao uso de chips de DNA sintético para o armazenamento de dados digitais (ilustração: Fabio Passos/Pesquisa FAPESP)

A inclusão educacional de pessoas com deficiência é tema da edição de abril de Pesquisa FAPESP
06 de abril de 2023

Revista também trata do avanço no desenvolvimento de tecnologias assistivas e explora as possibilidades relacionadas ao uso de chips de DNA sintético para o armazenamento de dados digitais

A inclusão educacional de pessoas com deficiência é tema da edição de abril de Pesquisa FAPESP

Revista também trata do avanço no desenvolvimento de tecnologias assistivas e explora as possibilidades relacionadas ao uso de chips de DNA sintético para o armazenamento de dados digitais

06 de abril de 2023

Revista também trata do avanço no desenvolvimento de tecnologias assistivas e explora as possibilidades relacionadas ao uso de chips de DNA sintético para o armazenamento de dados digitais (ilustração: Fabio Passos/Pesquisa FAPESP)

 

Agência FAPESP – As mudanças e os desafios que a inclusão de pessoas com deficiência trazem para instituições de ensino são tema da reportagem de capa da revista Pesquisa FAPESP de abril. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados no ano passado indicam que pessoas com deficiência somavam 17,2 milhões em 2019, ou 8,4% da população do país. Elas enfrentam mais dificuldades para acessar o mercado de trabalho e dispõem de renda mais baixa, se comparadas com pessoas sem deficiência. O panorama começou a mudar após a aprovação, em 2006, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU) e da entrada em vigor, em 2015, da Lei Brasileira de Inclusão (LBI). Além de estimular a abertura de novas frentes de pesquisa, esse movimento tem trazido desafios para instituições de ensino, que precisam repensar suas políticas e práticas pedagógicas.

O avanço recente no desenvolvimento de tecnologias assistivas – equipamentos e serviços planejados para proporcionar habilidades funcionais às pessoas com deficiência – é o outro tema abordado na edição. De acordo com o relatório “Tendências tecnológicas 2021: Tecnologia assistiva”, elaborado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), agência ligada à ONU, mais de 130 mil patentes foram solicitadas entre 1998 e 2020 relacionadas a inovações capazes de minorar problemas enfrentados por indivíduos com dificuldade de mobilidade ou com restrições de visão, audição e coordenação motora. O foco está nas chamadas tecnologias assistivas emergentes, que envolvem robôs, inteligência artificial, sensores e outros recursos digitais, como as ferramentas de acessibilidade em sistemas operacionais e os aplicativos de computadores e smartphones que disponibilizam teclados em braile, digitação por voz e rastreadores oculares que permitem controlar o computador com os olhos.

Outro tema relacionado à tecnologia é o uso de versões sintéticas da molécula de DNA para guardar a montanha de dados gerados por diversos equipamentos em diferentes contextos. Segundo a DNA Data Storage Alliance, associação que reúne empresas globais de tecnologia com o objetivo de impulsionar o ecossistema de pesquisa e inovação da técnica, a capacidade de armazenamento de dados em DNA é 115 mil vezes superior à das mídias magnéticas empregadas atualmente nos centros de processamento de dados, os chamados data centers. No mesmo espaço físico de um cartucho de fita magnética LTO-9, capaz de armazenar 18 terabytes (TB), ou seja, 18 trilhões de bytes, é possível guardar em DNA cerca de 2 milhões de TB.

Na sessão dedicada a entrevistas, a inusitada trajetória do bioquímico Jorge Almeida Guimarães, de 84 anos, é narrada pelo jornalista Fabrício Marques. Um dos nove filhos de um casal de camponeses de Campos de Goitacazes, no norte do Rio de Janeiro, ele foi criado em uma propriedade rural e só frequentou a escola depois dos 10 anos. Aproveitou uma oportunidade rara – a disputa por uma vaga em escola técnica agrícola próxima ao assentamento em que vivia com a família – e transformou-a em porta de entrada para uma graduação em veterinária e uma carreira na área de bioquímica. Foi professor de cinco diferentes universidades federais, gestor de organizações de ciência e tecnologia, agências de financiamento da pesquisa científica e de fomento à inovação empresarial.

E a edição deste mês ainda aborda o aumento de chuvas extremas em São Paulo e outras capitais brasileiras, os indícios de plágio em textos gerados pelo ChatGPT e a participação de pessoas com doenças graves, ao lado de médicos e pesquisadores, nos estudos clínicos que buscam novos tratamentos.

Confira esses e outros conteúdos em: https://mailchi.mp/fapesp/corpos-plurais?e=b56be9b9a8.
 

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