Foto: T. Geders
Pesquisadores da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, determinam a estrutura molecular de uma complexa proteína encontrada em gêiseres e responsável pela regulagem dos processos de fotossíntese
Pesquisadores da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, determinam a estrutura molecular de uma complexa proteína encontrada em gêiseres e responsável pela regulagem dos processos de fotossíntese
Foto: T. Geders
Para chegar à estrutura molecular, os cientistas estudaram uma cianobactéria, organismo que apresenta uma única célula, encontrada normalmente em gêiseres, como os que existem no parque Yellowstone, na Cordilheira dos Andes e em várias outras regiões vulcânicas do globo.
Decifrar novos meandros da fotossíntese será importante para os cientistas entenderem melhor como a energia química circula entre os seres vivos. Com a determinação da estrutura do citocromo será possível, por exemplo, investigar de forma mais detalhada como as células aprisionam e distribuem a energia que circula por elas.
"Apenas a ponta do iceberg". Foi como os cientistas responsáveis definiram o estudo, publicado na edição on-line da revista Science no dia 2. Os dois principais autores do trabalho são Genji Kurisu, visitante da Universidade de Osaka, e Huamin Zhang, pesquisador do Departamento de Ciências Biólogicas de Purdue.
O artigo contém uma descrição detalhada – e inédita – de como os prótons e os elétrons cruzam a membrana celular da cianobactéria. A polaridade ao lado da parede da célula muda de acordo com o grau de excitação proveniente da energia solar. Ora ela é positiva, ora negativa, dependendo do lado da membrana que se analisa. Os elétrons viajam pelo interior da célula carregados pelas moléculas de proteínas.
Apesar de os animais não realizarem fotossíntese, os pesquisadores acreditam que a descoberta poderá ter implicações inclusive para eles. As proteínas utilizadas pelos animais na respiração, por exemplo, é semelhante à dos vegetais.
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