A entrada da cana-de-açúcar no Brasil

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Agência FAPESP* –Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Nesta terça-feira (2/12), em Santos, litoral de São Paulo, a Universidade de São Paulo (USP) fará a apresentação do projeto de um centro de cultura e extensão para ser erguido nas ruínas do engenho São Jorge dos Erasmos, um dos três mais antigos do Brasil. 

O projeto, de autoria do arquiteto Julio Roberto Katinsky, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, inclui salas de aula, auditório e um museu para expor de forma educativa a história do engenho e trabalhos arqueológicos desenvolvidos pela universidade.

O centro poderá ser utilizado pela comunidade. Segundo os idealizadores do projeto, a idéia é difundir a importância do patrimônio histórico e ter um núcleo de pesquisas universitárias permanentes. O visitante poderá conhecer o engenho do ponto de vista da arquitetura, da história e do meio ambiente, com base em estudos realizados em diversas áreas do conhecimento. O projeto prevê ainda a instalação de um centro com laboratórios de pesquisa arqueológica para analisar o material coletado em campo sobre a história do patrimônio. 

A construção do centro de cultura e extensão ainda não tem recursos disponíveis. O lançamento do projeto será a oportunidade para atrair investidores interessados em financiar a construção do novo espaço científico e cultural. 

"Algumas entidades na baixada santista tem mostrado interesse em apoiar o projeto. É provável que tenhamos financiamento de grupos empresariais ligados à produção de açúcar e álcool. Afinal, estamos falando do ponto histórico pelo qual a cana-de-açúcar entrou no Brasil", disse Adilson Avansi de Abreu, pró-reitor de Cultura e Extensão da USP e conselheiro da FAPESP, em entrevista à Agência FAPESP

A cerimônia de lançamento marca também a assinatura de um termo de cooperação técnico-administrativo entre a prefeitura de Santos e a USP, para que o terreno onde vai funcionar o novo centro de cultura seja concedido e as obras iniciadas. 

O engenho de açúcar dos Erasmos é datado da metade do século 16 e pertenceu a Martin Afonso de Souza, proprietário da Capitania Hereditária de São Vicente. A USP é proprietária do engenho desde 1958, quando foi doado pelo proprietário do Sítio São Jorge, Otávio Ribeiro de Araújo. Os trabalhos de restauro e escavações arqueológicas foram iniciados em 1995 pela própria universidade.

As ruínas do sítio São Jorge são tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa). 

A visitação pública só é permitida a escolas e deve ser agendada por meio do site www.usp.br/prc/engenho.

<b>Por Thiago Romero</b>
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<b>Agência FAPESP</b> - Nesta terça-feira (2/12), em Santos, litoral de São Paulo, a Universidade de São Paulo (USP) fará a apresentação do projeto de um centro de cultura e extensão para ser erguido nas ruínas do engenho São Jorge dos Erasmos, um dos três mais antigos do Brasil. 
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O projeto, de autoria do arquiteto Julio Roberto Katinsky, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, inclui salas de aula, auditório e um museu para expor de forma educativa a história do engenho e trabalhos arqueológicos desenvolvidos pela universidade.
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O centro poderá ser utilizado pela comunidade. Segundo os idealizadores do projeto, a idéia é difundir a importância do patrimônio histórico e ter um núcleo de pesquisas universitárias permanentes. O visitante poderá conhecer o engenho do ponto de vista da arquitetura, da história e do meio ambiente, com base em estudos realizados em diversas áreas do conhecimento. O projeto prevê ainda a instalação de um centro com laboratórios de pesquisa arqueológica para analisar o material coletado em campo sobre a história do patrimônio. 
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A construção do centro de cultura e extensão ainda não tem recursos disponíveis. O lançamento do projeto será a oportunidade para atrair investidores interessados em financiar a construção do novo espaço científico e cultural. 
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"Algumas entidades na baixada santista tem mostrado interesse em apoiar o projeto. É provável que tenhamos financiamento de grupos empresariais ligados à produção de açúcar e álcool. Afinal, estamos falando do ponto histórico pelo qual a cana-de-açúcar entrou no Brasil", disse Adilson Avansi de Abreu, pró-reitor de Cultura e Extensão da USP e conselheiro da FAPESP, em entrevista à <b>Agência FAPESP</b>
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A cerimônia de lançamento marca também a assinatura de um termo de cooperação técnico-administrativo entre a prefeitura de Santos e a USP, para que o terreno onde vai funcionar o novo centro de cultura seja concedido e as obras iniciadas. 
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O engenho de açúcar dos Erasmos é datado da metade do século 16 e pertenceu a Martin Afonso de Souza, proprietário da Capitania Hereditária de São Vicente. A USP é proprietária do engenho desde 1958, quando foi doado pelo proprietário do Sítio São Jorge, Otávio Ribeiro de Araújo. Os trabalhos de restauro e escavações arqueológicas foram iniciados em 1995 pela própria universidade.
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As ruínas do sítio São Jorge são tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa). 
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A visitação pública só é permitida a escolas e deve ser agendada por meio do site <a href="http://www.usp.br/prc/engenho" target="_blank">www.usp.br/prc/engenho</a>. 
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