O início do programa foi precedido por estudos, parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e capacitação de enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Indaiatuba (foto: Daniel Reche / Pixabay)

Saúde
Centro com apoio da FAPESP inaugura programa que auxilia jovens gestantes
02 de julho de 2024

Lançado em Indaiatuba (SP), "Primeiros Laços" consiste em visitas domiciliares realizadas por enfermeiros a mulheres em situação de vulnerabilidade social

Saúde
Centro com apoio da FAPESP inaugura programa que auxilia jovens gestantes

Lançado em Indaiatuba (SP), "Primeiros Laços" consiste em visitas domiciliares realizadas por enfermeiros a mulheres em situação de vulnerabilidade social

02 de julho de 2024

O início do programa foi precedido por estudos, parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e capacitação de enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Indaiatuba (foto: Daniel Reche / Pixabay)

 

Agência FAPESP * – Com o objetivo de melhorar o cuidado da saúde física, mental e emocional, e fortalecer os laços afetivos entre mães e bebês, a cidade de Indaiatuba (SP) deu início, na última sexta-feira (28/06), à implementação do programa “Primeiros Laços”. O projeto, gerenciado pelo Centro Nacional de Ciência e Inovação em Saúde Mental (CISM), consiste em visitas domiciliares realizadas por enfermeiros a jovens gestantes em situação de vulnerabilidade social.

O CISM é uma iniciativa do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) com apoio da FAPESP.

O início do programa foi precedido por estudos, parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e capacitação de enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Indaiatuba. O evento de inauguração aconteceu durante reunião do Grupo de Trabalho da Atenção Básica, no anfiteatro Centro Universitário Max Planck (UniMAX).

“Primeiros Laços” aborda cinco eixos da vida das futuras mães: saúde e assistência social; saúde ambiental, que inclui a identificação de recursos a fim de garantir condições de vida adequadas, moradia segura, creche, escola e acesso à saúde; curso de vida; habilidades parentais; e, por fim, família e rede social de apoio.

Para participar, as futuras mamães precisam estar na primeira gestação, ter de 14 a 20 anos e estar entre a 8ª e a 20ª semana gestacional. Segundo os pesquisadores, a escolha dessa faixa etária se deve ao fato de que, na maioria das vezes, as adolescentes não estão preparadas para os desafios da maternidade.

“Elas enfrentam estigma, rejeição familiar e frequentemente precisam abandonar os estudos, o que tende a agravar o sofrimento emocional e prejudicar suas perspectivas de futuro”, explica Vinícius Nagy Soares, gestor do programa Primeiros Laços. “Em última análise, a falta de apoio se reflete em um cuidado inadequado do bebê, repercutindo de maneira negativa sobre o desenvolvimento infantil”, acrescenta o pesquisador.

Soares detalha que o intuito é “apoiar mães de primeira viagem, ajudando-as a desenvolver competências maternas, estimular seus filhos de maneira adequada, desenvolver laços afetivos com o bebê, proporcionar cuidado sensível e responsivo às necessidades da criança, retomar os estudos e elaborar um projeto de futuro".

Mãe e bebê serão acompanhados desde a gestação até os 2 anos de idade da criança. Cada participante receberá 38 visitas, sendo 13 durante a gestação, três no puerpério, 12 quando o bebê tiver entre 2 e 12 meses e mais 10 entre o primeiro e o segundo ano de vida da criança. A duração de cada visita varia de 40 a 60 minutos e são quinzenais ou mensais, a depender da idade da criança.

Oferecido pelo serviço público de saúde, em parceria com pesquisadores de várias universidades, o programa é inteiramente gratuito. Para se inscrever, as gestantes devem procurar a UBS mais próxima de sua residência para realizar um pré-cadastro.

*Com informações da Assessoria de Imprensa e Comunicação do CISM.

 

(Imagem de Daniel Reche por Pixabay)

 

 

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