A cetona é uma função química importante na química orgânica, caracterizada pela presença da ligação dupla carbono-oxigênio, chamado carbonila, ligado a dois radicais orgânicos (Imagem: CDMF)

Química
Superfícies de platina dopadas com bismuto produzem mais cetona
24 de junho de 2024
EN

Experimento do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais foi descrito em artigo na revista ChemCatChem

Química
Superfícies de platina dopadas com bismuto produzem mais cetona

Experimento do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais foi descrito em artigo na revista ChemCatChem

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A cetona é uma função química importante na química orgânica, caracterizada pela presença da ligação dupla carbono-oxigênio, chamado carbonila, ligado a dois radicais orgânicos (Imagem: CDMF)

 

Agência FAPESP * – Uma pesquisa do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), demonstrou que as superfícies de platina podem produzir a cetona pela oxidação do carbono secundário dos polióis.

A cetona é uma função química importante na química orgânica, caracterizada pela presença da ligação dupla carbono-oxigênio, chamado carbonila, ligado a dois radicais orgânicos. Ela é usada como solvente de esmaltes, graxas, vernizes e resinas, além de ser utilizada na extração de óleos de sementes vegetais, na fabricação de anidrido acético e medicamentos.

No estudo, a seletividade para a formação de cetona aumentou, ao passo que a superfície platina pura e modificada com bismuto produziu apenas moléculas C3 oxidadas no carbono primário, única face a mostrar um aumento na atividade devido à modificação.

O trabalho, intitulado “Electro-Oxidation of Polyols on Bi-Modified Pt in Acidic Media (HClO4). Understanding Activity and Selectivity Trends”, foi publicado em artigo no periódico ChemCatChem.

De acordo com Miguel Angel San Miguel Barrera, pesquisador do CDMF e um dos autores do artigo, o objetivo do experimento era determinar se a dopagem de eletrocatalisadores de platina com elementos como o bismuto altera a seletividade na conversão de polióis em compostos de alto valor agregado. “Embora haja alguns relatos na literatura sobre catalisadores de platina dopados com bismuto, este trabalho especificamente demonstra a seletividade na oxidação de glicerol”, explica.

Os resultados indicam que, embora o uso de dopantes em platina como catalisadores não aumente a atividade na oxidação de polióis como o glicerol, a técnica pode ser crucial para direcionar a formação de compostos específicos, o que pode ser aproveitado para transformar produtos de baixo valor provenientes da biomassa em outros de maior valor agregado. O glicerol é um subproduto da fabricação de biodiesel.

San-Miguel comentou ainda que os próximos passos da pesquisa, já em andamento, envolvem estudos com outros dopantes e polióis com cadeias carbonadas mais longas.

*Com informações da Assessoria de Imprensa do CDMF.
 

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