O estudo obteve ótimos resultados na degradação desse fármaco em amostras de água simuladas e reais (imagem: CDMF/divulgação)

Materiais Funcionais
Material se mostra capaz de degradar moléculas de antibiótico que contaminam a água
26 de fevereiro de 2024
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Eletrodo com filmes de dióxido de irídio e óxido de nióbio em substrato de titânio apresentou ótimos resultados na remoção de levofloxacino, fármaco considerado um poluente emergente

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Material se mostra capaz de degradar moléculas de antibiótico que contaminam a água

Eletrodo com filmes de dióxido de irídio e óxido de nióbio em substrato de titânio apresentou ótimos resultados na remoção de levofloxacino, fármaco considerado um poluente emergente

26 de fevereiro de 2024
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O estudo obteve ótimos resultados na degradação desse fármaco em amostras de água simuladas e reais (imagem: CDMF/divulgação)

 

Agência FAPESP* – O levofloxacino é um antibiótico comumente usado no tratamento de pneumonia, rinossinusite bacteriana, prostatite bacteriana, pielonefrite, infecção do trato urinário, doenças infecciosas da pele ou de estruturas da pele, entre outras condições.

Contudo, o fármaco é considerado um poluente emergente em razão de sua baixa degradabilidade nas estações de tratamento de águas residuais, o que o torna altamente prevalente no ambiente aquoso. O consumo generalizado de levofloxacino e sua elevada toxicidade – incluindo possível efeito como desregulador endócrino – agravam os impactos da substância ao meio ambiente.

Pesquisadores de diferentes universidades e institutos paulistas se uniram com o intuito de desenvolver métodos capazes de remover com eficiência o composto de matrizes aquosas ou de convertê-lo em subprodutos biodegradáveis e de baixa toxicidade.

Financiado pela FAPESP (14/50945-4 e 17/11986-5), o estudo obteve ótimos resultados na degradação desse antibiótico em amostras de água simuladas e reais com auxílio de eletrodo desenvolvido a partir de filmes de dióxido de irídio e óxido de nióbio em substrato de titânio. Os detalhes foram descritos em "artigo" publicado no periódico Electrochimica Acta.

Os filmes foram obtidos pelo método Pechini modificado e o eletrodo, após caracterização morfológica, estrutural e eletroquímica, foi utilizado para a degradação do antibiótico por meio de diferentes processos, incluindo eletrólise e fotoeletrocatálise.

O material apresentou excelente atividade fotoeletrocatalítica e alta estabilidade, além de uma grande área de superfície eletroquimicamente ativa. Os resultados foram considerados excelentes, indicando boas perspectivas para o tratamento e a remoção de poluentes orgânicos presentes na água.

Entre os autores do artigo está a coordenadora de pesquisa do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), Lucia Helena Mascaro, professora da Universidade Federal de São Carlos (DQ-UFSCar) e também pesquisadora do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE).

O CDMF é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na UFSCar; e o CINE é um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) apoiado por FAPESP e Shell.

O artigo Effective photoelectrocatalysis of levofloxacin antibiotic with Ti/IrO2_Nb2O5 in environmental samples pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0013468623017577?via%3Dihub.

* Com informações do CDMF.
 

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