Em 2022, o desembolso da FAPESP no apoio à pesquisa foi de R$ 1,18 bilhão, informou Zago (foto: Agência FAPESP)

FAPESP
Presidente da FAPESP reúne-se com a Comissão de Ciência e Tecnologia da Alesp
04 de setembro de 2023

Marco Antonio Zago apresentou as iniciativas da Fundação para o avanço da pesquisa científica e tecnológica em São Paulo

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Presidente da FAPESP reúne-se com a Comissão de Ciência e Tecnologia da Alesp

Marco Antonio Zago apresentou as iniciativas da Fundação para o avanço da pesquisa científica e tecnológica em São Paulo

04 de setembro de 2023

Em 2022, o desembolso da FAPESP no apoio à pesquisa foi de R$ 1,18 bilhão, informou Zago (foto: Agência FAPESP)

 

Agência FAPESPMarco Antonio Zago, presidente da FAPESP, participou da terceira reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na última quarta-feira (30/08). Anualmente, o presidente da Fundação é convidado a reunir-se com membros da comissão para apresentar resultados e iniciativas da instituição. Participaram do encontro o presidente da comissão, o deputado Mauro Bragato (PSDB), e as deputadas Beth Sahão (PT) e Fabiana Barroso (PL).

Zago sublinhou que, ao longo dos 60 anos de existência da FAPESP, comemorados em 2022, a Fundação concedeu um total de 180 mil bolsas para a formação de recursos humanos, além de 130 mil auxílios à pesquisa, totalizando R$ 55 bilhões de recursos investidos em ciência no Estado de São Paulo.

Esse apoio, afirmou, está alinhado à consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), considerando que “a realização dos ODS depende da decisão dos governos, de engajamento da sociedade e da contribuição da ciência, da tecnologia e da educação”, disse. Os projetos apoiados pela FAPESP estão indexados aos ODS e podem ser consultados no portal da Fundação.

“A FAPESP é a agência de fomento mais estável do país”, afirmou Zago, atribuindo essa posição à estabilidade do orçamento e de seu repasse, à autonomia da instituição, ao modelo de governança e à robustez do sistema paulista de ciência e tecnologia, “o mais forte do país”.

Em 2022, o desembolso da FAPESP no apoio à pesquisa foi de R$ 1,18 bilhão. No período, foram contratados 8.720 projetos nas diversas áreas do conhecimento, englobando projetos individuais e temáticos, além de pesquisas em temas estratégicos e orientadas a missão ou desenvolvidas em centros de pesquisa aplicada em centros com investigação na fronteira do conhecimento. “Os investimentos em bolsas para a formação de recursos humanos representaram 42,5% desse total.”

Zago deu exemplo dos resultados de pesquisas realizadas pelos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs), como a terapia que utiliza células de defesa reprogramadas (CAR-T cells) no tratamento do câncer, desenvolvida pelo Centro de Terapia Celular (CTC) em Ribeirão Preto (leia mais em: agencia.fapesp.br/38914).

Também deu exemplo de iniciativas no âmbito dos Centros de Pesquisa em Engenharia (CPEs), como o de Mobilidade Aérea do Futuro, criado em parceria com a Embraer e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos. “Ali se investigam aviação de baixo carbono, novos materiais, sistemas de aviação autônomos e manufatura avançada”, informou (leia mais em: agencia.fapesp.br/40900).

No caso dos CPEs, destacou Zago, o apoio da FAPESP alavanca recursos de outros parceiros, citando o exemplo do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), constituído em parceria com a Shell. Para este centro a Fundação aportou R$ 46 milhões e hoje o grupo conta com recursos totais de R$ 465 milhões de empresas como a Repsol, Petrobras, Petronas e Total Energies. Recentemente, o RCGI e parceiros inauguraram a primeira estação de hidrogênio renovável a partir de etanol do mundo (leia mais em: agencia.fapesp.br/42107).

O presidente da FAPESP lembrou que a Hytron, startup responsável por desenvolver o reformador que utiliza o etanol para a produção do hidrogênio, quando criada, contou com o apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP. Foi também com apoio do PIPE que a In Situ Cell Therapy desenvolveu um biocurativo produzido a partir de impressão 3D, que lhe valeu o prêmio Brasil eAwards 2023, e que a Onkos Diagnósticos Moleculares, ganhadora do Prêmio Octavio Frias de Oliveira em 2023, criou um teste para diagnóstico e prognóstico de tumores de tireoide (leia mais em: pesquisaparainovacao.fapesp.br/2821 e pesquisaparainovacao.fapesp.br/2824).

Zago anunciou o lançamento do terceiro edital do programa Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs), no valor total de R$ 150 milhões; e os resultados de três editais lançados no âmbito do Programa de Apoio à Infraestrutura de Pesquisa do Estado de São Paulo, que destinaram R$ 450 milhões para a compra de grandes equipamentos de pesquisa (leia mais em: agencia.fapesp.br/44697).

A íntegra da apresentação do presidente da FAPESP à Comissão de Ciência e Tecnologia da Alesp está disponível em: www.youtube.com/watch?v=nSV7HsROVwE.
 

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