Inclusão das três entidades na rede de fibra óptica de alta velocidade, que permite a conexão das universidades e instituições de pesquisa paulistas entre si e com as do exterior para compartilhamento de dados científicos, deve ser concluída nos próximos seis meses (imagem: Gerd Altmann/Pixabay)

Inpe, Exército e CNPEM integrarão o Backbone SP
25 de julho de 2023

Inclusão das três entidades na rede de fibra óptica de alta velocidade, que permite a conexão das universidades e instituições de pesquisa paulistas entre si e com as do exterior para compartilhamento de dados científicos, deve ser concluída nos próximos seis meses

Inpe, Exército e CNPEM integrarão o Backbone SP

Inclusão das três entidades na rede de fibra óptica de alta velocidade, que permite a conexão das universidades e instituições de pesquisa paulistas entre si e com as do exterior para compartilhamento de dados científicos, deve ser concluída nos próximos seis meses

25 de julho de 2023

Inclusão das três entidades na rede de fibra óptica de alta velocidade, que permite a conexão das universidades e instituições de pesquisa paulistas entre si e com as do exterior para compartilhamento de dados científicos, deve ser concluída nos próximos seis meses (imagem: Gerd Altmann/Pixabay)

 

Elton Alisson | Agência FAPESP – O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Exército Brasileiro e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) estão em processo de integração ao Backbone SP.

A inclusão das três entidades na rede de fibra óptica de alta velocidade, que permite a conexão das universidades e instituições de pesquisa paulistas entre si e com as do exterior para compartilhamento de dados científicos, materiais didáticos e processamento computacional de alto desempenho, deve ser concluída nos próximos seis meses.

O Backbone SP é operado pela Research and Education Network at São Paulo (Rednesp), apoiada pela FAPESP.

Já integram o Backbone SP as universidades de São Paulo (USP), Presbiteriana Mackenzie, as estaduais Paulista (Unesp) e de Campinas (Unicamp), além das federais de São Paulo (Unifesp), de São Carlos (UFSCar) e do ABC (UFABC) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

“A integração de três importantes entidades ao sistema de ciência, tecnologia e inovação paulista é um avanço no sentido de ampliar a conexão entre os grupos de pesquisa, interligando-os ao que há de mais moderno no país em termos de infraestrutura de transmissão de dados”, diz Márcio de Castro, diretor científico da FAPESP.

O Backbone SP está em pleno funcionamento. “As oito universidades paulistas já interligadas na rede estão compartilhando dados entre si a uma velocidade de 100 Gigabits por segundo (Gbps) e a 200 Gbps com as redes acadêmicas internacionais”, disse à Agência FAPESP João Eduardo Ferreira, coordenador da Rednesp.

O pesquisador está encerrando seu mandato de três anos e meio como coordenador da rede acadêmica paulista cujo conselho consultivo é composto por coordenadores de tecnologia da informação da USP, Unicamp e Unesp. A coordenação da Rednesp é exercida por eles em um esquema de rodízio. O próximo coordenador será o professor da Unesp Ney Lemke.

Na avaliação de Ferreira, além de garantir a provisão de links de 100 Gbps entre as universidades e instituições de pesquisa participantes do Backbone SP, um dos avanços obtidos no período em que esteve à frente da Rednesp foi a institucionalização da rede acadêmica paulista. Outro passo importante foi a intensificação da interação técnica com as redes acadêmicas internacionais, como a Americas Africa Lightpaths (AmLight) – que possibilita o acesso à rede acadêmica americana – e a GNA-G, da Europa.

O aumento da colaboração com essas redes acadêmicas internacionais permitirá a melhoria da qualidade do Backbone SP, avalia Ferreira.

“As redes acadêmicas internacionais estão aumentando paulatinamente a velocidade de 100 para 200 Gbps. No Brasil ainda não há demanda para 200 Gbps, mas já estamos usando essa velocidade na saída dos dados do Brasil, nos links internacionais, e queremos chegar nos próximos três anos a 400 Gbps”, afirma Ferreira.

Novas demandas

Atualmente está sendo feita por meio do Backbone SP a integração de pesquisadores principalmente das áreas de astronomia e de física de partículas, vinculados às universidades e instituições de pesquisa integrantes da Redenesp, aos centros de pesquisa americanos e europeus.

Os astrônomos paulistas estão intensificando a troca de dados com observatórios astronômicos localizados, em sua maioria, no deserto do Atacama, no Chile, e os físicos de partículas com instituições como a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN, na sigla em inglês), situada na Suíça, diz Ferreira.

“Tem se intensificado a troca de dados entre os núcleos internacionais de processamento de dados gerados por esses grandes instrumentos científicos tanto pelo lado americano como pelo europeu”, afirma.

Outra demanda com a qual o Backbone SP terá que lidar, em breve, será a integração de usuários de supercomputação no Estado de São Paulo.

“O Backbone SP possibilitará viabilizar a integração entre os usuários de supercomputação de dentro e de fora do Estado de São Paulo e, ao mesmo tempo, servir como uma infraestrutura para centralizar eventuais grandes volumes de dados, de modo que possamos otimizar não só o processamento, mas também o armazenamento”, diz Ferreira. Também poderá servir como um ambiente multiusuário para pesquisa na área de engenharia e de computação, sublinhou.
 

  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.