Inclusão das três entidades na rede de fibra óptica de alta velocidade, que permite a conexão das universidades e instituições de pesquisa paulistas entre si e com as do exterior para compartilhamento de dados científicos, deve ser concluída nos próximos seis meses (imagem: Gerd Altmann/Pixabay)
Inclusão das três entidades na rede de fibra óptica de alta velocidade, que permite a conexão das universidades e instituições de pesquisa paulistas entre si e com as do exterior para compartilhamento de dados científicos, deve ser concluída nos próximos seis meses
Inclusão das três entidades na rede de fibra óptica de alta velocidade, que permite a conexão das universidades e instituições de pesquisa paulistas entre si e com as do exterior para compartilhamento de dados científicos, deve ser concluída nos próximos seis meses
Inclusão das três entidades na rede de fibra óptica de alta velocidade, que permite a conexão das universidades e instituições de pesquisa paulistas entre si e com as do exterior para compartilhamento de dados científicos, deve ser concluída nos próximos seis meses (imagem: Gerd Altmann/Pixabay)
Elton Alisson | Agência FAPESP – O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Exército Brasileiro e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) estão em processo de integração ao Backbone SP.
A inclusão das três entidades na rede de fibra óptica de alta velocidade, que permite a conexão das universidades e instituições de pesquisa paulistas entre si e com as do exterior para compartilhamento de dados científicos, materiais didáticos e processamento computacional de alto desempenho, deve ser concluída nos próximos seis meses.
O Backbone SP é operado pela Research and Education Network at São Paulo (Rednesp), apoiada pela FAPESP.
Já integram o Backbone SP as universidades de São Paulo (USP), Presbiteriana Mackenzie, as estaduais Paulista (Unesp) e de Campinas (Unicamp), além das federais de São Paulo (Unifesp), de São Carlos (UFSCar) e do ABC (UFABC) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
“A integração de três importantes entidades ao sistema de ciência, tecnologia e inovação paulista é um avanço no sentido de ampliar a conexão entre os grupos de pesquisa, interligando-os ao que há de mais moderno no país em termos de infraestrutura de transmissão de dados”, diz Márcio de Castro, diretor científico da FAPESP.
O Backbone SP está em pleno funcionamento. “As oito universidades paulistas já interligadas na rede estão compartilhando dados entre si a uma velocidade de 100 Gigabits por segundo (Gbps) e a 200 Gbps com as redes acadêmicas internacionais”, disse à Agência FAPESP João Eduardo Ferreira, coordenador da Rednesp.
O pesquisador está encerrando seu mandato de três anos e meio como coordenador da rede acadêmica paulista cujo conselho consultivo é composto por coordenadores de tecnologia da informação da USP, Unicamp e Unesp. A coordenação da Rednesp é exercida por eles em um esquema de rodízio. O próximo coordenador será o professor da Unesp Ney Lemke.
Na avaliação de Ferreira, além de garantir a provisão de links de 100 Gbps entre as universidades e instituições de pesquisa participantes do Backbone SP, um dos avanços obtidos no período em que esteve à frente da Rednesp foi a institucionalização da rede acadêmica paulista. Outro passo importante foi a intensificação da interação técnica com as redes acadêmicas internacionais, como a Americas Africa Lightpaths (AmLight) – que possibilita o acesso à rede acadêmica americana – e a GNA-G, da Europa.
O aumento da colaboração com essas redes acadêmicas internacionais permitirá a melhoria da qualidade do Backbone SP, avalia Ferreira.
“As redes acadêmicas internacionais estão aumentando paulatinamente a velocidade de 100 para 200 Gbps. No Brasil ainda não há demanda para 200 Gbps, mas já estamos usando essa velocidade na saída dos dados do Brasil, nos links internacionais, e queremos chegar nos próximos três anos a 400 Gbps”, afirma Ferreira.
Novas demandas
Atualmente está sendo feita por meio do Backbone SP a integração de pesquisadores principalmente das áreas de astronomia e de física de partículas, vinculados às universidades e instituições de pesquisa integrantes da Redenesp, aos centros de pesquisa americanos e europeus.
Os astrônomos paulistas estão intensificando a troca de dados com observatórios astronômicos localizados, em sua maioria, no deserto do Atacama, no Chile, e os físicos de partículas com instituições como a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN, na sigla em inglês), situada na Suíça, diz Ferreira.
“Tem se intensificado a troca de dados entre os núcleos internacionais de processamento de dados gerados por esses grandes instrumentos científicos tanto pelo lado americano como pelo europeu”, afirma.
Outra demanda com a qual o Backbone SP terá que lidar, em breve, será a integração de usuários de supercomputação no Estado de São Paulo.
“O Backbone SP possibilitará viabilizar a integração entre os usuários de supercomputação de dentro e de fora do Estado de São Paulo e, ao mesmo tempo, servir como uma infraestrutura para centralizar eventuais grandes volumes de dados, de modo que possamos otimizar não só o processamento, mas também o armazenamento”, diz Ferreira. Também poderá servir como um ambiente multiusuário para pesquisa na área de engenharia e de computação, sublinhou.
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