Premiação faz parte do curso Immuno-Colombia 2021, que reúne alunos de vários países nas áreas de reumatologia, alergia e oncologia. Projeto é conduzido por Isadora Ferraz Semionatto, bolsista de doutorado da FAPESP na Unicamp
Premiação faz parte do curso Immuno-Colombia 2021, que reúne alunos de vários países nas áreas de reumatologia, alergia e oncologia. Projeto é conduzido por Isadora Ferraz Semionatto, bolsista de doutorado da FAPESP na Unicamp
Premiação faz parte do curso Immuno-Colombia 2021, que reúne alunos de vários países nas áreas de reumatologia, alergia e oncologia. Projeto é conduzido por Isadora Ferraz Semionatto, bolsista de doutorado da FAPESP na Unicamp
Premiação faz parte do curso Immuno-Colombia 2021, que reúne alunos de vários países nas áreas de reumatologia, alergia e oncologia. Projeto é conduzido por Isadora Ferraz Semionatto, bolsista de doutorado da FAPESP na Unicamp
Agência FAPESP – Um projeto de pesquisa apresentado por Isadora Ferraz Semionatto, aluna de doutorado do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp), conquistou o primeiro lugar no Immuno-Colombia 2021, curso organizado pela International Union of Immunological Societies, Latin American and Caribbean Association For Immunology e American College of Allergy, Asthma & Immunology.
O curso ocorre todos os anos e reúne alunos de vários países que fazem doutorado, pós-doutorado ou são médicos nas áreas de reumatologia, alergia ou oncologia. O objetivo é discutir temas relevantes da área de imunoterapia e novas abordagens imunoterapêuticas.
Intitulado “Como superar a disfunção de células CAR-T em tumores sólidos”, o projeto apresentado por Semionatto busca alternativas para o tratamento do câncer de pâncreas, um dos mais agressivos e difíceis de controlar.
A proposta envolve uma técnica conhecida como terapia de células CAR-T, que consiste em reprogramar células de defesa (linfócitos T) de pacientes com câncer para que passem a atacar o tumor. O método já se mostrou eficaz no tratamento de alguns tipos de linfoma.
“Para obter esses linfócitos que expressam o CAR [acrônimo em inglês para receptor de antígeno quimérico], precisamos isolar linfócitos T a partir do sangue de pacientes a serem tratados e modificar geneticamente essas células para expressarem o receptor em sua superfície. Neste caso, produzimos CAR capazes de reconhecer o antígeno mesotelina, que é superexpresso no câncer de pâncreas e pouco expresso em células pancreáticas saudáveis. A geração de uma célula CAR-T capaz de reconhecer a mesotelina daria maior especificidade à terapia contra o câncer de pâncreas”, explica a doutoranda.
O projeto prevê ainda combinar a terapia de células CAR-T antimesotelina com a terapia de vírus oncolítico – um tipo de vírus que se replica seletivamente em células de câncer e as destrói.
“Quando o vírus se replica e mata as células tumorais, uma série de antígenos associados a elas é liberada, induzindo uma imunidade adaptativa contra o tumor, que antes vivia ‘escondido’ do sistema imune hospedeiro”, conta Semionatto à Agência FAPESP.
O projeto ainda prevê modificar esse microrganismo com fragmentos de um anticorpo capaz de reconhecer o receptor CXCR4. “Antagonizando esse receptor, conseguiríamos reverter a atividade imunossupressora no microambiente tumoral, contornando a disfunção de células CAR-T nos tumores de pâncreas”, explica.
A doutoranda realiza pesquisa sobre células tumorais no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e na Unicamp, com bolsa da FAPESP e orientação de Marcio Chaim Bajgelman, pesquisador do CNPEM. Ela foi premiada com US$ 1.000.
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