Premiação faz parte do curso Immuno-Colombia 2021, que reúne alunos de vários países nas áreas de reumatologia, alergia e oncologia. Projeto é conduzido por Isadora Ferraz Semionatto, bolsista de doutorado da FAPESP na Unicamp

Projeto voltado ao tratamento do câncer de pâncreas conquista prêmio internacional de imunologia
28 de junho de 2021

Premiação faz parte do curso Immuno-Colombia 2021, que reúne alunos de vários países nas áreas de reumatologia, alergia e oncologia. Projeto é conduzido por Isadora Ferraz Semionatto, bolsista de doutorado da FAPESP na Unicamp

Projeto voltado ao tratamento do câncer de pâncreas conquista prêmio internacional de imunologia

Premiação faz parte do curso Immuno-Colombia 2021, que reúne alunos de vários países nas áreas de reumatologia, alergia e oncologia. Projeto é conduzido por Isadora Ferraz Semionatto, bolsista de doutorado da FAPESP na Unicamp

28 de junho de 2021

Premiação faz parte do curso Immuno-Colombia 2021, que reúne alunos de vários países nas áreas de reumatologia, alergia e oncologia. Projeto é conduzido por Isadora Ferraz Semionatto, bolsista de doutorado da FAPESP na Unicamp

 

Agência FAPESP – Um projeto de pesquisa apresentado por Isadora Ferraz Semionatto, aluna de doutorado do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp), conquistou o primeiro lugar no Immuno-Colombia 2021, curso organizado pela International Union of Immunological Societies, Latin American and Caribbean Association For Immunology e American College of Allergy, Asthma & Immunology.

O curso ocorre todos os anos e reúne alunos de vários países que fazem doutorado, pós-doutorado ou são médicos nas áreas de reumatologia, alergia ou oncologia. O objetivo é discutir temas relevantes da área de imunoterapia e novas abordagens imunoterapêuticas.

Intitulado “Como superar a disfunção de células CAR-T em tumores sólidos”, o projeto apresentado por Semionatto busca alternativas para o tratamento do câncer de pâncreas, um dos mais agressivos e difíceis de controlar.

A proposta envolve uma técnica conhecida como terapia de células CAR-T, que consiste em reprogramar células de defesa (linfócitos T) de pacientes com câncer para que passem a atacar o tumor. O método já se mostrou eficaz no tratamento de alguns tipos de linfoma.

“Para obter esses linfócitos que expressam o CAR [acrônimo em inglês para receptor de antígeno quimérico], precisamos isolar linfócitos T a partir do sangue de pacientes a serem tratados e modificar geneticamente essas células para expressarem o receptor em sua superfície. Neste caso, produzimos CAR capazes de reconhecer o antígeno mesotelina, que é superexpresso no câncer de pâncreas e pouco expresso em células pancreáticas saudáveis. A geração de uma célula CAR-T capaz de reconhecer a mesotelina daria maior especificidade à terapia contra o câncer de pâncreas”, explica a doutoranda.

O projeto prevê ainda combinar a terapia de células CAR-T antimesotelina com a terapia de vírus oncolítico – um tipo de vírus que se replica seletivamente em células de câncer e as destrói.

“Quando o vírus se replica e mata as células tumorais, uma série de antígenos associados a elas é liberada, induzindo uma imunidade adaptativa contra o tumor, que antes vivia ‘escondido’ do sistema imune hospedeiro”, conta Semionatto à Agência FAPESP.

O projeto ainda prevê modificar esse microrganismo com fragmentos de um anticorpo capaz de reconhecer o receptor CXCR4. “Antagonizando esse receptor, conseguiríamos reverter a atividade imunossupressora no microambiente tumoral, contornando a disfunção de células CAR-T nos tumores de pâncreas”, explica.

A doutoranda realiza pesquisa sobre células tumorais no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e na Unicamp, com bolsa da FAPESP e orientação de Marcio Chaim Bajgelman, pesquisador do CNPEM. Ela foi premiada com US$ 1.000.
 

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