Integrantes do Centro de Pesquisa em Alimentos da USP – um CEPID apoiado pela FAPESP – participam do workshop, organizado pela Latinfoods. Objetivo é possibilitar que cada país tenha sua própria tabela atualizada (foto: Engin Akyurt/Pixabay)
Integrantes do Centro de Pesquisa em Alimentos da USP – um CEPID apoiado pela FAPESP – participam do workshop, organizado pela Latinfoods. Objetivo é possibilitar que cada país tenha sua própria tabela atualizada
Integrantes do Centro de Pesquisa em Alimentos da USP – um CEPID apoiado pela FAPESP – participam do workshop, organizado pela Latinfoods. Objetivo é possibilitar que cada país tenha sua própria tabela atualizada
Integrantes do Centro de Pesquisa em Alimentos da USP – um CEPID apoiado pela FAPESP – participam do workshop, organizado pela Latinfoods. Objetivo é possibilitar que cada país tenha sua própria tabela atualizada (foto: Engin Akyurt/Pixabay)
Karina Toledo | Agência FAPESP – Tabelas de composição de alimentos (TCAs) são consideradas ferramentas essenciais para o planejamento alimentar e a educação nutricional, pois possibilitam às pessoas conhecer os nutrientes existentes nos alimentos disponíveis em sua região.
Com o objetivo de capacitar novos profissionais para o desenvolvimento de TCAs na América Latina, integrantes do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC) da Universidade de São Paulo (USP) têm participado de um workshop on-line organizado pela Rede Latino-Americana de Dados de Composição de Alimentos (Latinfoods), ligada à International Network of Food Data Systems (Infoods). O evento teve início em outubro e segue até o início de dezembro, com 52 participantes. A ideia é possibilitar que cada país tenha a sua própria tabela constantemente atualizada.
O FoRC é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF-USP).
Participam do curso as nutricionistas Eliana Bistriche Giuntini e Kristy Coelho, que estão à frente do projeto da Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA), além da professora da FCF-USP Elizabete Wenzel de Menezes, que é presidente da Rede Brasileira de Dados de Composição de Alimentos (Brasilfoods) e junto com o professor Franco Lajolo coordena a TBCA desde 1998.
A programação abrange os princípios básicos para o estudo da composição de alimentos e a geração de bases de dados e tabelas. Os temas incluem: como programar um plano de amostragem; métodos analíticos mais adequados para cada grupo de alimentos, aplicados à análise de macro e micronutrientes; compilação de dados de alimentos e conversão da ingestão de alimentos em ingestão de nutrientes.
São até três participantes de cada país, docentes ou pesquisadores que trabalham com análise de alimentos. Todo o conhecimento transmitido segue as diretrizes da Infoods. A rede internacional foi criada em 1984 pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês) e reúne especialistas que buscam melhorar a qualidade e a disponibilidade de dados analíticos de alimentos no mundo, publicando guias com protocolos a serem usados na geração e compilação de dados, além de ampliar a comunicação entre laboratórios.
“Durante o curso, ficou evidente a necessidade de um trabalho interdisciplinar para construir bancos de dados e tabelas confiáveis e de qualidade. As tabelas são importantes para criar políticas públicas de nutrição, promover a educação sobre alimentos saudáveis, auxiliar na questão da rotulagem e no conhecimento da composição dos nossos alimentos nativos e a sua biodiversidade, além de apoiar as exportações, sendo um suporte estratégico relacionado à competitividade e à inovação na indústria de alimentos de nossos respectivos países", afirma Roberto Saelzer Fuica, professor da Universidade de Concepción (Chile) e presidente da Latinfoods.
Tabela brasileira
Segundo Giuntini, o FoRC pretende fazer um curso de capacitação exclusivo para pesquisadores brasileiros, buscando reunir mais colaboradores para a TBCA. Desenvolvida em 1998 pela Brasilfoods, a tabela é uma ferramenta que permite avaliar a ingestão de nutrientes, facilitando a criação de planos alimentares.
“Para que a nossa tabela permaneça atualizada e seja possível gerar um número maior de dados, queremos capacitar e estimular mais profissionais da área a trabalhar conosco. Quanto mais dados, mais interessante para o país", diz a nutricionista.
* Com informações da Assessoria de Comunicação do FoRC
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