Estudo realizado no Centro de Terapia Celular (CTC) – um CEPID da FAPESP na USP de Ribeirão Preto – identificou molécula que, quando superexpressa, reduz o tumor no ovário e bloqueia o processo de metástase (Wilson da Silva Júnior; foto: Hemocentro de Ribeirão Preto/USP)

Pesquisa apoiada pela FAPESP é uma das vencedoras do Prêmio Octavio Frias de Oliveira
04 de agosto de 2020

Estudo realizado no Centro de Terapia Celular (CTC) – um CEPID da FAPESP na USP de Ribeirão Preto – identificou molécula que, quando superexpressa, reduz o tumor no ovário e bloqueia o processo de metástase

Pesquisa apoiada pela FAPESP é uma das vencedoras do Prêmio Octavio Frias de Oliveira

Estudo realizado no Centro de Terapia Celular (CTC) – um CEPID da FAPESP na USP de Ribeirão Preto – identificou molécula que, quando superexpressa, reduz o tumor no ovário e bloqueia o processo de metástase

04 de agosto de 2020

Estudo realizado no Centro de Terapia Celular (CTC) – um CEPID da FAPESP na USP de Ribeirão Preto – identificou molécula que, quando superexpressa, reduz o tumor no ovário e bloqueia o processo de metástase (Wilson da Silva Júnior; foto: Hemocentro de Ribeirão Preto/USP)

 

Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – Estudo apoiado pela FAPESP, que identificou molécula com potencial terapêutico para o câncer de ovário, recebeu o segundo lugar da categoria "Pesquisa em Oncologia" no 11° Prêmio Octavio Frias de Oliveira. Patrocinado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) e pelo jornal Folha de S.Paulo, o prêmio tem por objetivo reconhecer e estimular a produção científica em oncologia no país.

O trabalho coordenado por Wilson da Silva Júnior, do Centro de Terapia Celular (CTC), descreveu a ação de uma pequena molécula de RNA capaz de bloquear o processo de metástase e reduzir o tumor quase por completo, ao silenciar a expressão de genes envolvidos na migração celular e metabolismo energético do tumor.

A molécula conhecida como miR-450a geralmente tem baixa expressão em tumores. Porém, testes realizados em cultura celular e em camundongos mostraram que, quando superexpressa, ela pode ter efeitos positivos no tratamento do câncer de ovário. Os resultados do estudo publicados na revista Cancer Research foram noticiados na Agência FAPESP em outubro de 2019 (leia mais em agencia.fapesp.br/31765/).

O estudo foi realizado no CTC, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP na Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto. Contou ainda com a colaboração de pesquisadores do Laboratory of Muscle Stem Cells and Gene Regulation, do National Institutes of Health (NIH), nos Estados Unidos.

“Receber esse prêmio é uma honra e também uma oportunidade de fazer um agradecimento a todos que colaboraram com o estudo, em especial ao Hemocentro de Ribeirão Preto na pessoa dos professores Marco Antonio Zago [presidente da FAPESP, que coordenou o CTC] e Dimas Covas [membro do comitê executivo do CTC], pelo apoio dado na construção da minha carreira científica. O Prêmio Octavio Frias de Oliveira é considerado um dos principais da área de oncologia do Brasil. Os resultados da nossa pesquisa são muito promissores e mostram a importância do investimento em ciência no longo prazo”, diz Silva Júnior.

Os testes in vitro e in vivo foram realizados como parte do doutorado da aluna Bruna Muys, bolsista da FAPESP. “O prêmio representa o reconhecimento pela dedicação de tantos profissionais que acreditaram e se envolveram nesse projeto”, diz Bruna Muys, que atualmente realiza estudos no NIH.

O Prêmio Octavio Frias de Oliveira também homenageou Anamaria Aranha Camargo, diretora do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa e membro da Coordenação Adjunta - Ciências da Vida na FAPESP, como Personalidade de Destaque em Oncologia.

A escolha foi feita pela comissão julgadora do prêmio, presidida pelo médico e professor da USP Ivan Cecconello. De acordo com o júri do Prêmio Octavio Frias de Oliveira, a escolha pelo nome de Camargo se deu por seus estudos interdisciplinares entre as áreas médica e de biologia molecular.

Em primeiro lugar na categoria "Pesquisa em Oncologia" foi premiado o pesquisador Caio Abner Leite, por trabalho que decifrou o papel das células do sistema imunológico (células T regulatórias) no câncer colorretal. O estudo também foi realizado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.

Na categoria "Inovação Tecnológica em Oncologia" a vencedora foi a bióloga Luiza de Macedo Abdo, por trabalho desenvolvido no Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, cujo objetivo foi encontrar formas de baratear terapia para tratar leucemias.

Em decorrência da pandemia de COVID-19, a cerimônia de premiação será on-line, amanhã (05/08), às 17h. O evento será transmitido no site do jornal e em seu canal no YouTube.
 

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