Novas perspectivas para a pesquisa na área de biodiversidade são apresentadas em seminário on-line; centros voltados a sistematizar o conhecimento sobre um determinado tema e trabalhos de modelagem capazes de estimar cenários devem ganhar destaque nos próximos anos (imagem: divulgação)

Programa BIOTA-FAPESP celebra 20 anos de contribuições para a formulação de políticas públicas
29 de julho de 2020
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Novas perspectivas para a pesquisa na área de biodiversidade são apresentadas em seminário on-line; centros voltados a sistematizar o conhecimento sobre um determinado tema e trabalhos de modelagem capazes de estimar cenários devem ganhar destaque nos próximos anos

Programa BIOTA-FAPESP celebra 20 anos de contribuições para a formulação de políticas públicas

Novas perspectivas para a pesquisa na área de biodiversidade são apresentadas em seminário on-line; centros voltados a sistematizar o conhecimento sobre um determinado tema e trabalhos de modelagem capazes de estimar cenários devem ganhar destaque nos próximos anos

29 de julho de 2020
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Novas perspectivas para a pesquisa na área de biodiversidade são apresentadas em seminário on-line; centros voltados a sistematizar o conhecimento sobre um determinado tema e trabalhos de modelagem capazes de estimar cenários devem ganhar destaque nos próximos anos (imagem: divulgação)

 

Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – O maior conhecimento da biodiversidade e, sobretudo, dos benefícios obtidos por meio de processos naturais – como polinização e recursos hídricos – é essencial para embasar políticas públicas nas mais diferentes áreas.

Com esse propósito foi lançado, em março de 1999, o Programa BIOTA-FAPESP, um dos mais ambiciosos projetos de pesquisa na área de biodiversidade do Brasil. Durante esse período, a iniciativa não só ampliou a compreensão sobre o tema, como ainda proporcionou embasamento científico para a criação de diretrizes de conservação, restauração da biodiversidade e, em especial, para a fundamentação de políticas públicas.

“Estudo e preservação da biodiversidade dizem respeito à sobrevivência na Terra. Mas essas temáticas não se encerram nelas mesmas. Existem fortes vínculos com preservação da floresta, da água e com as mudanças climáticas, só para ficar em três exemplos. O programa foi responsável também pela formação de um amplo banco de dados, gerou conhecimento e também resultou em mais de uma centena de reportagens na Agência FAPESP e na revista Pesquisa FAPESP, que repercutem muito na imprensa”, disse Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, em seminário on-line que apresentou os resultados obtidos por projetos desenvolvidos recentemente no programa.

O evento marcou também o início das comemorações dos 20 anos do Programa FAPESP de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOTA-FAPESP).

“Quando a sociedade olha para a biodiversidade pensa, de modo geral, que dali possa sair um princípio ativo para a cura do câncer ou uma infinidade de outras soluções. Porém, é preciso saber que nada disso será possível se não estudarmos e entendermos a natureza”, afirmou Luiz Eugênio Mello , diretor científico da FAPESP

De acordo com Carlos Joly, coordenador do Programa BIOTA-FAPESP, a expectativa é que o projeto, a despeito de continuar com as mesmas linhas de pesquisa, ganhe novas formas. Uma das novidades é a criação dos centros de síntese, que têm como missão reconhecer padrões de biodiversidade que transcendam as separações entre ecossistemas e as divisões da taxonomia tradicional e identificar as forças naturais responsáveis por tais padrões. A ideia é integrar dados de pesquisa de diferentes centros, a fim de avançar o conhecimento científico e procurar resolver problemas da sociedade (leia mais em: agencia.fapesp.br/28830).

Também ganham foco trabalhos de modelagem capazes de estimar cenários, entre eles o impacto que determinada legislação ambiental teve no passado ou poderá ter no futuro. As duas iniciativas têm como objetivo impulsionar políticas públicas baseadas em evidências.

“A exemplo de iniciativas de centros de síntese no Canadá, Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha, é possível gerar conhecimento novo a partir de dados que já existem, além de formar novos pesquisadores capazes de trabalhar em projetos multidisciplinares, colaborativos e com estudos de maior impacto”, comentou Jean Paul Metzger, membro da coordenação do Programa BIOTA.

De acordo com Metzger, o centro de síntese tende a potencializar o trabalho realizado ao longo dos 20 anos do Programa BIOTA-FAPESP. “Foi a partir do centro de síntese, por exemplo, que se tentou valorar os serviços ecossistêmicos pela primeira vez, chegando à conclusão de que ele corresponde ao dobro do PIB mundial”, contou.

Participaram do evento Ricardo Ribeiro Rodrigues (Universidade de São Paulo - USP), Cecília Amaral (Universidade Estadual de Campinas), Célio F. B. Haddad (Universidade Estadual Paulista), Norberto Peporine Lopes (USP), Eliana Rodrigues (Universidade Federal de São Paulo) e Isabel Rosa (Bangor University, Reino Unido)

Assista ao webinar na íntegra em https://youtu.be/5BoJ73-2SPY.
 

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