Grupos da USP apostam no processo de ozonização para melhorar as propriedades do material feito com amido de mandioca; projeto é vinculado ao Centro de Pesquisa em Alimentos, um CEPID apoiado pela FAPESP (foto: Gerhard Waller/ Esalq-USP)

Nova técnica usa ozônio na produção de filme plástico biodegradável
20 de janeiro de 2020

Grupos da USP apostam no processo de ozonização para melhorar as propriedades do material feito com amido de mandioca; projeto é vinculado ao Centro de Pesquisa em Alimentos, um CEPID apoiado pela FAPESP

Nova técnica usa ozônio na produção de filme plástico biodegradável

Grupos da USP apostam no processo de ozonização para melhorar as propriedades do material feito com amido de mandioca; projeto é vinculado ao Centro de Pesquisa em Alimentos, um CEPID apoiado pela FAPESP

20 de janeiro de 2020

Grupos da USP apostam no processo de ozonização para melhorar as propriedades do material feito com amido de mandioca; projeto é vinculado ao Centro de Pesquisa em Alimentos, um CEPID apoiado pela FAPESP (foto: Gerhard Waller/ Esalq-USP)

 

Agência FAPESP * – O Grupo de Estudos em Engenharia de Processos (Ge²P), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), e o Laboratório de Engenharia de Alimentos (LEA) da Escola Politécnica (Poli), ambos da Universidade de São Paulo (USP), desenvolveram um novo plástico biodegradável cuja matéria-prima é o amido de mandioca.

Em entrevista para a Divisão de Comunicação da Esalq-USP, o professor Pedro Esteves Duarte Augusto, coordenador do Ge²P, relatou que a união dos dois laboratórios ocorreu porque a produção de plásticos a partir de amidos tem sido explorada há 15 anos pelo grupo da professora Carmen Cecilia Tadini, professora da Poli-USP e vice-diretora do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP.

O aspecto inovador do projeto consiste na modificação do amido de mandioca a partir da ozonização para a produção de filmes. “Trata-se de uma tecnologia verde, amigável ao ambiente. A modificação com o ozônio tem o objetivo de melhorar suas propriedades. Produzimos assim esse plástico biodegradável e, mesmo ainda na etapa inicial, já obtivemos um produto de boa qualidade. A próxima etapa, a ser executada na Poli, é a produção em escala semi-industrial”, explicou a pesquisadora Carla Ivonne La Fuente Arias para a Divisão de Comunicação da Esalq.

Arias foi uma das pesquisadoras envolvidas no trabalho e desenvolve seu pós-doutorado no Ge²P, em parceria com o LEA, e com bolsa da FAPESP.

Para a concretização do projeto, são realizadas na Esalq as etapas de ozonização, secagem e caracterização das amostras de amido. Na sequência, a pesquisadora da Esalq leva o material até a Poli para preparar e caracterizar o plástico biodegradável.

Entre os benefícios do novo produto estão maior resistência, transparência e permeabilidade. Arias lembra que o bioplástico poderá ser usado no mercado de várias formas: “As aplicações são inúmeras. Embalagens mais resistentes e transparentes são cada vez mais desejáveis”.

Um pedido de patente já foi depositado e os resultados obtidos a partir do estudo foram apresentados no artigo científico Ozonation of cassava starch to produce biodegradable films, publicado no International Journal of Biological Macromolecules.

* Com informações da Divisão de Comunicação da Esalq-USP.
 

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