Iniciativa do Centro de Toxinas, Resposta-imune e Sinalização Celular (CEPID-FAPESP) e do Instituto Butantan reúne pesquisadores que utilizam o peixe paulistinha em estudos (foto: Rede Zebrafish)

Rede Zebrafish lança site para estimular colaborações em pesquisa
11 de julho de 2018

Iniciativa do Centro de Toxinas, Resposta-imune e Sinalização Celular (CEPID-FAPESP) e do Instituto Butantan reúne pesquisadores que utilizam o peixe paulistinha em estudos

Rede Zebrafish lança site para estimular colaborações em pesquisa

Iniciativa do Centro de Toxinas, Resposta-imune e Sinalização Celular (CEPID-FAPESP) e do Instituto Butantan reúne pesquisadores que utilizam o peixe paulistinha em estudos

11 de julho de 2018

Iniciativa do Centro de Toxinas, Resposta-imune e Sinalização Celular (CEPID-FAPESP) e do Instituto Butantan reúne pesquisadores que utilizam o peixe paulistinha em estudos (foto: Rede Zebrafish)

 

Agência FAPESP – A Rede Zebrafish lançou um site (www.redezebrafish.com.br) para informar e fomentar colaborações entre pesquisadores que utilizam o peixe paulistinha (Danio rerio), especialmente como organismo modelo em estudos genéticos.

A Rede Zebrafish faz parte da Plataforma Zebrafish, mantida pelo Centro de Toxinas, Resposta-Imune e Sinalização Celular (CeTICS), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), financiado pela FAPESP e sediado no Instituto Butantan. Rede e Plataforma são coordenadas por Mônica Lopes Ferreira, coordenadora de difusão do CeTICS.

“A ideia é que todos os participantes da Rede Zebrafish possam divulgar trabalhos, interagir com outros pesquisadores e informar sobre novidades, como publicação de artigos, palestras e congressos sobre o tema”, disse Lopes, que também dirige o Laboratório Especial de Toxinologia do Butantan.

O pesquisador que quiser fazer parte do site (em formato de blog, com postagens) deve utilizar o zebrafish em seus estudos. O próximo passo é realizar um cadastro no site para que uma comissão possa analisar sua participação. Os aprovados receberão um contato para envio de conteúdo a ser publicado no blog e estarão integrados ao site.

“A Rede Zebrafish possibilita o encontro entre o pesquisador consolidado e aquele que está começando a estudar o peixinho. Dessa forma, o trabalho em equipe é feito de forma mais rápida e eficiente”, disse Lopes ao Instituto Butantan.

A rede é formada por cerca de 50 pessoas distribuídas em 25 instituições no país. A partir do momento em que todos migrarem para o blog, será criado um mapa indicando a localização de todos os profissionais, mostrando o real tamanho da rede.

Junto com o lançamento do site foi aberta uma campanha para escolher um nome para o mascote da Rede Zebrafish. Na primeira fase do concurso, todos os participantes da rede poderão sugerir nomes que, posteriormente, serão avaliados por uma comissão para definir os três melhores. Na segunda fase, a votação será aberta para que o público externo escolha o melhor.

Para o pesquisador que sugerir o nome vencedor será concedido como prêmio um kit científico para trabalhar com o zebrafish e também o custeio de passagem, inscrição e estadia para participação da reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) em 2019, que ocorrerá no Mato Grosso do Sul.

Em agosto, quando a votação se encerrar, haverá um evento para divulgar o resultado junto com o lançamento de um novo rack (aquário) para o peixinho.

Conhecido popularmente como peixe paulistinha, bandeirinha e também zebrafish (peixa-zebra), o Danio rerio é uma espécie nativa da Índia que vive em água doce, como rios de plantações de juta e arroz. O peixinho chega no máximo a 3 centímetros de comprimento e possui listras pelo corpo.

Segundo o Butantan, a espécie começou a ser estudada como modelo experimental na década de 1980 e se tornou popular devido a características como: alta semelhança genética com o ser humano (cerca de 70%); transparência dos embriões e larvas; rápido desenvolvimento; grande número de embriões gerados a cada acasalamento (cerca de 200 a 300); poder ser usado para pesquisa em todos os estágios de vida; ser fácil de criar, possibilitando a otimização de espaço nos laboratórios; baixo custo de manutenção (em média R$ 0,60 por peixe, em comparação com R$ 8 por camundongo, por exemplo); e facilidade para a manipulação genética, permitindo testes rápidos.

No Butantan, a plataforma tem atualmente 6 mil desses peixes e comporta até 9 mil, sendo que 90% dos estudos com o zebrafish no instituto utilizam embriões.

Por ano, cerca de 3,5 mil estudos que utilizaram o zebrafish como modelo experimental são publicados em todo o mundo. Versátil, o peixinho pode ser modelo para todas as áreas de pesquisa, como psicologia, fisiologia, homeopatia, imunologia, toxicologia, entre outros.

Mais informações: www.redezebrafish.com.br.
 

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