Agrosmart e Stattus4 são selecionadas para integrar programa de aceleração da economia digital durante a edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial (foto: WEF)

Empresas apoiadas pelo PIPE participam de programa do Banco Mundial
28 de março de 2018
EN ES

Agrosmart e Stattus4 são selecionadas para integrar programa de aceleração da economia digital durante a edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial

Empresas apoiadas pelo PIPE participam de programa do Banco Mundial

Agrosmart e Stattus4 são selecionadas para integrar programa de aceleração da economia digital durante a edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial

28 de março de 2018
EN ES

Agrosmart e Stattus4 são selecionadas para integrar programa de aceleração da economia digital durante a edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial (foto: WEF)

 

Elton Alisson  |  Agência FAPESP – Duas empresas apoiadas pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP – a Agrosmart e a Stattus4 – foram selecionadas junto com outras 48 startups da América Latina para integrar um programa de aceleração do desenvolvimento da economia digital na região. O anúncio das selecionadas foi feito durante a edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial, realizada de 13 a 15 de março em São Paulo.

As empresas foram selecionadas pela International Finance Corporation (IFC) – o braço de financiamento do Banco Mundial para o setor privado –, pelo Fórum Econômico Mundial e por um comitê de especialistas composto por representantes de empresas e de fundos de investimento. Os critérios de seleção levaram em consideração a base tecnológica e o potencial comercial, de escala e de geração de receita, entre outros.

Durante o evento, as startups selecionadas tiveram oportunidade de estabelecer contatos com líderes políticos, investidores globais e grandes empresas, com vistas a eventual associação e alavancagem de negócios.

“As startups na América Latina e no Caribe estão usando soluções criativas para abordar não apenas problemas locais, mas regionais e globais. Os selecionados em nossa primeira lista são empreendedores com visão escalável para resolução de problemas que exigem um ecossistema adequado para prosperar”, disse Marisol Argueta de Barillas, chefe de estratégias regionais para a América Latina do Fórum Econômico Mundial.

De acordo com os representantes da entidade, as startups são fundamentais para ajudar o setor privado da América Latina a ser mais inovador. Estudo recente do Banco Mundial mostrou que as empresas da região têm 20% menos chances de apresentar um novo produto do que as de países com rendimentos similares na Europa e na Ásia Central.

“As startups podem desempenhar papel crítico na promoção de soluções inovadoras para alguns dos desafios de desenvolvimento mais marcantes da América Latina e do Caribe”, avaliou Georgina Baker, vice-presidente da IFC para a América Latina e o Caribe, Europa Oriental e Ásia Central.

Rede de interação

Foram selecionadas para participar do programa 25 empresas do Brasil e 25 de outros países da América Latina, como Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Peru e Uruguai. Entre as startups brasileiras há candidatas a “unicórnios”– como são chamadas as startups que atingem valor de mercado superior a US$ 1 bilhão – da região, como Nubank e Gympass.

As empresas selecionadas também se juntaram à plataforma digital UpLink, iniciativa do Fórum Econômico Mundial que articula em rede as startups com investidores, pares globais, multinacionais, governos e universidades.

“Foi uma oportunidade muito boa participar desse grupo tão seleto de startups da América Latina, por meio do qual podemos trocar experiências com outras empresas e discutir o que é preciso fazer para alavancar negócios e gerar novas startups unicórnios”, disse Mariana Vasconcelos, sócia-fundadora da Agrosmart, à Agência FAPESP.

A Agrosmart, empresa de agricultura digital sediada em Campinas, desenvolve um aplicativo que, conectado a uma armadilha de pragas, ajuda o produtor a aplicar o defensivo agrícola no momento certo e na quantidade exata, para obter maior eficiência no combate às pragas com menor custo e impacto ao meio ambiente.

O projeto foi um dos oito selecionados, em dezembro de 2017, em chamada do Programa PIPE/PAPPE Subvenção, com financiamento da FAPESP e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) (leia em http://pesquisaparainovacao.fapesp.br/505).

Já a Stattus4, estabelecida em Sorocaba, também no interior paulista, desenvolve a tecnologia chamada de Fluid, que usa inteligência artificial para detectar pontos de vazamento de água. Um protótipo do equipamento foi desenvolvido com apoio do PIPE-FAPESP (leia em http://pesquisaparainovacao.fapesp.br/580).

“Entrar nesse grupo seleto de startups da América Latina é extremamente importante, pois reconhece o valor de nossa proposta e também abre portas para ampliar nossa rede de relacionamentos e parcerias e aumentar nossa visibilidade”, avaliou Marília Lara, sócia da Stattus4.

A empresa também foi selecionada para uma competição promovida pelo Sebrae e a ONU Meio Ambiente durante o Fórum Mundial da Água, realizado em março em Brasília. A competição premiou soluções desenvolvidas por empreendedores ou startups brasileiras voltadas à gestão da água.
 

  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.