Objetivo do Programa é aumentar as chances de sucesso de iniciativas apoiadas pelo PIPE (foto: Felipe Maeda)

21 startups concluem Treinamento em Empreendedorismo de Alta Tecnologia
11 de dezembro de 2017

Objetivo do Programa é aumentar as chances de sucesso de iniciativas apoiadas pelo PIPE

21 startups concluem Treinamento em Empreendedorismo de Alta Tecnologia

Objetivo do Programa é aumentar as chances de sucesso de iniciativas apoiadas pelo PIPE

11 de dezembro de 2017

Objetivo do Programa é aumentar as chances de sucesso de iniciativas apoiadas pelo PIPE (foto: Felipe Maeda)

 

Claudia Izique | Agência FAPESP – A Smart Yeast foi uma das 21 startups que concluíram, em 8 de dezembro, o 5º Treinamento do PIPE em Empreendedorismo de Alta Tecnologia, promovido pela FAPESP com o objetivo de alinhar projetos inovadores, selecionados pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), às demandas do mercado.

Ao longo de oito semanas, a Smart Yeast ouviu 88 potenciais clientes – fabricantes de cachaça, vinhos e cervejas – para testar a consistência de sua ideia: oferecer ao mercado uma seleção de leveduras customizadas para produção de bebidas fermentadas e destiladas de qualidade.

“Visitamos fabricantes de bebidas em Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, contou Caure Barbosa Portugal, doutor em Enologia pela Universidade de Rioja, na Espanha, que constituiu a empresa em meados de 2017 com o apoio do PIPE.

“A primeira coisa que percebemos foi que eles não entendiam a nossa proposta e que precisávamos mudar a comunicação”, exemplificou Portugal no evento de encerramento do treinamento. “Constatamos também que eles tinham outro problema: careciam de apoio técnico.”

Essa avaliação possibilitou que a Smart Yeast revisse seu plano de negócio para aumentar o foco nos setores de cervejaria artesanal e destilarias –principalmente, as chamadas “home distiller” – e também incluísse em seu portfólio a prestação de serviços a clientes. “O treinamento foi um divisor de águas em nosso negócio”, afirmou Portugal.

Assim como a Smart Yeast, as empresas participantes das cinco edições do Treinamento têm projetos aprovados na Fase 1 do PIPE, de validação de uma ideia. Nesta 5ª edição, a FAPESP abriu, pela primeira vez, a oportunidade de participação de duas empresas que tiveram projetos aprovados diretamente na Fase 2, de desenvolvimento de produto ou processo inovadores.

O treinamento tem impacto na concepção original do projeto. Nas primeiras quatro edições do Treinamento, 78% das 84 empresas participantes pivotaram – ou seja, reviram seu plano de negócio original – aumentando as chances de sucesso do empreendimento. “O Treinamento em Empreendorismo de Alta Tecnologia foi concebido para agregar valor ao PIPE”, disse Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP, que participou do evento de encerramento do 5º Treinamento. Na 5ª edição o percentual de “pivotantes” não foi diferente.

Foco no cliente

O treinamento tem como base o programa I-Corps, concebido por Steve Blank, referência mundial nas abordagens Lean Startup e Customer Development, e adotado pela National Science Foundation (NSF) e National Institute of Health (NIH), entre outras agências federais norte-americanas.

A metodologia do I-Corps inverte a lógica que, em geral, orienta as abordagens para mercado. “O foco está no cliente”, disse Flávio Grynszpan, membro da Coordenação da Área de Pesquisa para Inovação da FAPESP e um dos coordenadores do Programa. Essa abordagem reduz riscos de fracasso e aumenta as chances de sucesso da iniciativa. “No caso de insucesso, a metodologia permite que se limite o tempo e o investimento despendidos antes de a empresa abandonar o negócio”, ele acrescenta.

O Programa prevê que, durante o treinamento, cada empresa realize algo em torno de uma centena de entrevistas com potenciais clientes. “A ideia não é vender a solução ao cliente, mas melhorar a proposta de valor em seu plano de negócio”, explicou Hélio Graciosa, que também integra a coordenação do treinamento.

Cada empresa participante forma uma equipe com dois representantes, apoiada por um mentor e um comentor indicados pela FAPESP. Mentores e comentores são empresários com experiência de negócios e conhecimento do mercado, que acompanham e orientam as equipes participantes do Programa – sem qualquer custo para a Fundação. No próximo ano estão agendadas quatro edições do Treinamento em Empreendedorismo de Alta Tecnologia, o que deverá representar algo em torno de 1/3 do total de projetos PIPEs aprovados no período.

O PIPE Empreendedor é coordenado por Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, tendo Grynszpan, Graciosa e Marcelo Nakagawa como adjuntos.

Para mais informações sobre o Treinamento do PIPE em Empreendedorismo de Alta Tecnologia acesse o site: http://www.fapesp.br/pipe/empreendedor.

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