Vânia Zuin foi reconhecida pela União Internacional de Química Pura e Aplicada por contribuições relevantes para a área (foto: divulgação)

Professora da UFSCar recebe prêmio internacional em ‘Química Verde’
30 de setembro de 2014

Vânia Zuin foi reconhecida pela União Internacional de Química Pura e Aplicada por contribuições relevantes para a área

Professora da UFSCar recebe prêmio internacional em ‘Química Verde’

Vânia Zuin foi reconhecida pela União Internacional de Química Pura e Aplicada por contribuições relevantes para a área

30 de setembro de 2014

Vânia Zuin foi reconhecida pela União Internacional de Química Pura e Aplicada por contribuições relevantes para a área (foto: divulgação)

 

Por Karina Toledo

Agência FAPESP – A União Internacional de Química Pura e Aplicada (Iupac, na sigla em inglês) concedeu à professora do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Vânia Zuin o “2014 Chemrawn VII Prize for Atmospheric and Green Chemistry” – um dos mais importantes do mundo no reconhecimento a projetos de desenvolvimento e inovação em Química Verde.

A premiação ocorreu durante a abertura da 5ª Conferência Internacional IUPAC sobre Química Verde, realizada entre os dias 17 e 21 de agosto, em Durban, na África do Sul.

Zuin, que no momento atua como professora convidada na University of York, no Reino Unido, também coordena a Seção de Química Verde da Sociedade Brasileira de Química (SBQ) e foi selecionada por sua contribuição relevante em estudos na área.

“Além de reconhecer jovens pesquisadores, o prêmio tem como objetivo ser fonte de inspiração para estudantes e estudiosos que colaboram para a promoção de práticas sociossustentáveis em todo o planeta”, disse Zuin à Agência FAPESP.

Os critérios de seleção adotados pelo Comitê sobre Pesquisa em Química Aplicada às Necessidades Mundiais (Chemrawn, na sigla em inglês), da Iupac, levam em conta produções acadêmicas – como artigos científicos e livros de impacto –, a forma como tais resultados foram obtidos e a capacidade do pesquisador de atrair investimentos e multiplicá-los.

“Esse prêmio permite focar aspectos de grande importância para o Brasil, como, por exemplo, avaliar quais modelos educativos e de pesquisa e qual escala de tempo são necessários para maturar projetos de curto, médio e longo prazo em nosso país. Além disso, possibilita também refletir sobre como tornar a pesquisa cada vez mais densa e relevante e, ao mesmo tempo, inclusiva e justa, considerando que as questões verdes compreendem também as dimensões social, econômica e política”, avaliou.

Bacharel e licenciada em Química pela Universidade de São Paulo (USP), Zuin cursou mestrado e doutorado em Química Analítica na mesma instituição, tendo feito um estágio doutoral na Università degli Studi di Torino, na Itália.

Possui ainda doutorado em Educação com foco em questões ambientais e pós-doutorado em Química Analítica cujo objetivo principal foi o desenvolvimento e a aplicação de métodos verdes no Brasil e na Alemanha, obtido com apoio da FAPESP e da Fundação Alexander von Humboldt.

De acordo com a pesquisadora, o conceito de Química Verde compreende a invenção, o desenvolvimento e a aplicação de produtos e processos químicos para reduzir ou eliminar o uso e a geração de substâncias nocivas à saúde humana e ao ambiente.

Sua principal linha de pesquisa visa estabelecer metodologias analíticas verdes, tecnologias alternativas voltadas à agricultura sustentável, bem como o controle biorracional de insetos-pragas e a formação de profissionais das áreas de Química e de Engenharias que compreendam a dimensão ambiental.

“Um dos projetos que desenvolvo atualmente e que conta com apoio da FAPESP busca encontrar novos usos para aquilo que ainda hoje é considerado resíduo ou, na melhor das hipóteses, coproduto da biomassa. A ideia é não apenas transformar materiais em produtos de maior valor agregado, como também transformar os sujeitos envolvidos nessas pesquisas, pois temos que repensar e remodelar princípios e práticas para cenários alternativos, tecnocientíficos e socioambientalmente mais sustentáveis”, disse.
 

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