José Arana Varela é o primeiro brasileiro a receber o prêmio Bridge Building Award, da American Ceramic Society (foto: Samuel Iavelberg/FAPESP)

Cooperação premiada
23 de janeiro de 2014

Bridge Building Award, da American Ceramic Society, é conferido pela primeira vez a um pesquisador brasileiro

Cooperação premiada

Bridge Building Award, da American Ceramic Society, é conferido pela primeira vez a um pesquisador brasileiro

23 de janeiro de 2014

José Arana Varela é o primeiro brasileiro a receber o prêmio Bridge Building Award, da American Ceramic Society (foto: Samuel Iavelberg/FAPESP)

 

Agência FAPESP – José Arana Varela, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo (CTA) da FAPESP, é o primeiro pesquisador brasileiro contemplado com o Bridge Building Award, conferido pela American Ceramic Society. O prêmio lhe será entregue durante a 38ª edição da International Conference and Exposition on Advanced Ceramics and Composites, entre 26 e 31 de janeiro, em Daytona Beach, Flórida, nos Estados Unidos.

O Bridge Building Award destaca cientistas com intensa atividade de pesquisa em associação com universidades e institutos de pesquisa de diversos países. “A pesquisa colaborativa permite à ciência e à tecnologia dar respostas mais eficazes a alguns dos principais desafios para a sustentabilidade do planeta: a preservação ambiental, a expansão da oferta de energia e a redução das emissões. E muitas dessas soluções estão no desenvolvimento de novos materiais”, justifica Varela.

Varela é pesquisador do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP, com sede na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara, em cuja agenda a colaboração e a investigação de novos materiais são pautas centrais. “Nosso conhecimento fundamental sobre óxidos semicondutores foi substancialmente ampliado por meio da crescente colaboração com cientistas de todo o mundo”, ele diz.

O pesquisador lidera a equipe de pesquisa do Instituto de Química da Unesp, um dos grupos mais ativos na investigação de óxidos semicondutores, sensores nanoestruturados, entre outros, que integra o CEPID.

Em parceria com pesquisadores do Departamento de Ciência e Engenharia de Materiais do Massachussets Institute of Technology (MIT), por exemplo, o grupo coordenado por Varela desenvolveu um material à base de óxido de estanho (SnO) com capacidade de detectar dióxido de nitrogênio (NO2) muito maior do que os sensores químicos atualmente utilizados para identificar esse tipo de gás altamente tóxico. “A tecnologia, já patenteada, está em fase de desenvolvimento”, ele conta (leia mais em http://agencia.fapesp.br/18162).

Desde fevereiro de 2012, Varela é diretor-presidente da FAPESP, instituição que mantém acordos de cooperação com agências de fomento, universidades, instituições de pesquisa e empresas de 19 países, dos Estados Unidos à África do Sul, passando por Israel, Japão e Finlândia. Só em 2013 foram firmados 18 novos acordos com 11 países.

A cooperação internacional também está presente no programa de bolsas regulares da FAPESP. Em 2012, por exemplo, a Fundação contratou mais de 900 bolsas no exterior, parte delas no âmbito do Programa de Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE). No mesmo período, 15% das bolsas de pós-doutorado trouxeram ao país pesquisadores estrangeiros. Além disso, proveu auxílio para a vinda de 254 pesquisadores visitantes do exterior. “As agências de fomento, e a FAPESP em particular, têm papel estratégico para fazer avançar a colaboração entre pesquisadores de diversos países e instituições”, observa.

 

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